A Coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) de Braga manifestou a sua solidariedade com a greve de quatro dias dos enfermeiros no Hospital de Braga convocada para esta quinta e sexta-feira e 3 e 4 de Outubro.
Em comunicada à imprensa, o BE diz-se solidário “contra a discriminação e exploração destes profissionais, em particular aqueles que integram as PPP [Parcerias Pública Privadas], designadamente a Escala Braga, entidade público-privada que gere o Hospital de Braga”.
“Quando parte do Serviço Nacional de Saúde deve ser tendencialmente gratuito (…) “a gestão do serviço público de saúde deve ser gerida sem participação dos privados, pois acaba por gerar lucros enormes, quando tem problemas para resolver”, referiu Manuel Carlos Silva, da Coordenadora bloquista de Braga, após uma reunião de trabalho com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Manuel Carlos Silva referia-se em particular à divida de 500 mil euros referentes a 32 mil horas de trabalho extra, sobretudo aos enfermeiros.
“O Bloco de Esquerda tudo fará para reverter esta contratualização com as PPP, desde 2002. Em Braga, é mais que evidente que esta situação é duplamente prejudicial aos trabalhadores, não é admissível e é injusta”, reforçou Manuel Carlos Silva.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses alertaram para situações de discriminação, sobretudo ao nível salarial, entre os enfermeiros que transitaram do SNS e aqueles que foram contratados pelo Grupo Mello, após assumir a gestão da unidade hospitalar bracarense.
O Bloco de Esquerda de Braga assumiu o compromisso de levar esta questão até ao Grupo Parlamentar do BE, no sentido de serem tomadas alterações legislativas no sentido de ser reposta a legalidade.
FG (CP 1200)