A Coordenadora Concelhia de Braga do Bloco de Esquerda (BE) condena email que o director do Departamento Municipal de Urbanismo, Ordenamento e Planeamento, Zamith Rosas, considerando que “revela um carácter delator – que nos remetem para os ‘bufos’ de muito má memória – pouco consentâneo com as suas responsabilidades”. E desafia Ricardo Rio a averiguar se Zamith se “exorbitou as suas funções e as suas competências”.
Zamith Rosas, recorde-se, escreveu aos funcionários, através de correio electrónico. que os funcionários autárquicos passam demasiado tempo no bar. Os bloquistas juntam-se assim ao Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) no repúdio à atitude daquele responsável.
Em comunicado à imprensa, o BE/braga “ considera que os comportamentos menos adequados de alguns funcionários devem ser tratados pelas chefias diretas de forma assertiva, ou seja, exatamente o contrário do que fez o referido diretor, que com o envio da mensagem eletrónica quis deliberadamente tomar a parte pelo todo, lançando o anátema sobre todos os funcionários, revelando uma enorme incapacidade e competência para gerir pessoas, os elementos mais preciosos de uma organização”.
Na opinião dos bloquistas, o director dos serviços devia estar “mais preocupado com a eficácia do seu departamento em lidar com problemáticas como a falta de licença de construção da futura academia do S. C. Braga ou do licenciamento do projeto da Quinta das Portas, aos quais fechou ou contribui para fechar os olhos, e que são muito mais relevantes e lesivos do interesse público, que a presença prolongada no bar de um punhado de funcionários”.
Em jeito de ‘provocação, o BE pegunta se “Zamith Rosas também enviou alguma mensagem eletrónica a sinalizar o seu desagrado pela presença da Senhora Vereadora da Educação numa manifestação de protesto promovida pelos colégios privados, dirigida ao Primeiro-Ministro, em horário de expediente – mesmo que reconhecendo o direito à isenção de horário da responsável”.
Exigindo uma tomada de posição de Ricardo Rio, presidente da Câmara, “modo a desagravar a posição do diretor e a repor o bom nome dos funcionários”, o Bloco considera mesmo que, “à luz do excesso de zelo, revelado por Zamith Rosas, não seria de por de lado, que o executivo equacionasse a apresentação de um processo de averiguação, por forma a avaliar se o diretor exorbitou as suas funções e as suas competências”.
FG (CP 1200)