A Biblioteca Pública de Braga (BPB) tem patente até 10 de julho uma exposição dedicada a António Feijó, com mais de meia centena de obras sobre este insigne poeta e diplomata falecido há 100 anos. A mostra tem entrada livre todos os dias úteis, das 9h00-12h30 e 14h00-17h30, e insere-se no ciclo ‘Efemérides’ e nos 175 anos da BPB, uma unidade cultural da Universidade do Minho.
Fonte do organismo adiantou que a mostra reúne publicações sobre a biografia, a produção literária e os trabalhos ligados à obra de António Feijó – análises, ensaios, estudos, conferências –, bem como referências enciclopédicas e artigos de imprensa com os momentos marcantes da sua vida e as homenagens que recebeu.
Oriundo de uma família aristocrata minhota, António Feijó (Ponte de Lima, 1859-Estocolmo, 1917) fez os estudos liceais em Braga, fase em que publicou os primeiros poemas, e formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, altura em que codirigiu a Revista Científica e Literária. Foi depois diplomata no Brasil, Suécia, Noruega e Dinamarca.
Tem o seu nome associado a espaços de várias cidades, como uma escola em Ponte de Lima e um jardim em Lisboa.
A existência cosmopolita de António Feijó projetou-o numa irónica e civilizada visão do mundo, com um pendor para a evocação enternecida, por vezes mórbida, como no soneto ‘Pálida e loira”e na obra ‘Novas Bailatas’, influenciada pela perda prematura da esposa.
O autor destacou-se nas correntes do parnasianismo (de que foi primeira figura), do romantismo e do simbolismo saudosista. Marcaram-no nomes como Victor Hugo, Banville, Leopardi, Baudelaire e Rémusat, do qual é exemplo o seu “Cancioneiro Chinês”.
Luís Moreira (CP 8078)