Bobi, um cão português que vive na aldeia de Conqueiros, Leiria, bateu o recorde de Bluey – um cão australiano que viveu entre 1910 e 1939 e morreu com 29 anos e cinco meses – tornando-se o cão mais velho de sempre.
De acordo com a nota publicada no site do Guinness World Records, o cão nasceu a 11 de Maio de 1992 e tem 30 anos e 267 dias.
Bobi viveu toda a vida com a família Costa e é de raça pura Rafeiro do Alentejo. A raça tem uma esperança média de vida entre 12 e 14 anos.
A história deste cão, segundo a publicação, “foi um milagre”. Leonel Costa, o actual tutor de Bobi, tinha 8 anos quando ele e os irmãos perceberam que quatros cachorros nascerem no barracão onde a família guardava lenha.
“Tinha oito anos”, referiu Leonel Costa, hoje com 38 anos, acrescentando que “o pai era caçador e sempre tivemos muitos cães”.
Embora Leonel e os irmãos quisessem ficar com os cães, devido ao número de animais que já tinham, o pai decidiu que não podiam ficar com os cães recém-nascidos. “Infelizmente, nessa altura era considerado ‘normal’ entre as pessoas mais velhas que, caso não pudessem ter mais animais em casa, […] podiam enterrar os animais numa toca para que não sobrevivessem”, explicou o tutor.
No entanto, no dia em que foram buscar os cães recém-nascidos ao barracão, com a pressa, não se aperceberam perceberam que tinham deixado um para trás.
Leonel pensa que um dos maiores factores para que Bobi ainda esteja vivo é o “ambiente calmo e tranquilo” em que vive, “longe das cidades”.
O cão é descrito como “muito sociável”, uma vez que cresceu com outros animais, mas “menos aventureiro agora na velhice”. “Andar é difícil, então ele passa a maior parte do tempo no quintal com seus quatro amigos gatos”, sublinhou.
Quanto à sua alimentação, Bobi sempre comeu ‘comida humana’.