A iniciativa ‘Braga à Lupa’ dará a conhecer, no próximo dia 25, um tesouro ‘escondido’ na sacristia da igreja de S. Vicente, e um dos testemunhos mais relevantes da acção civilizadora de S. Martinho de Dume na comunidade bracarense.
Trata-se da lápide funerária de Remisnuera datada do ano de 618, que terá pertencido a uma necrópole localizada junto a uma basílica paleo-cristã antecessora do actual templo, na qual se faz a mais antiga referência à designação dos dias da semana tal como ainda hoje utilizamos em Portugal.
Recorde-se que foi S. Martinho de Dume quem alterou uma das designações que mais usamos no quotidiano – os dias da semana – e que tornam o país na mais original nação da Europa.
A sessão, agendada para as 21h30, na sacristia da Igreja de S. Vicente, tem como convidados Luís Fontes (Universidade do Minho) e Pedro Calafate (Universidade de Lisboa). As inscrições são limitadas e deverão ser efectuadas através de cultura@cm-braga.pt.
Organizado pelo Município de Braga, o programa ‘Braga à Lupa’ desafia a descobrir e a reflectir sobre um aspecto desconhecido e aliciante da cidade, sejam obras de arte, documentos históricos, curiosidades arquitectónicas, gastronomia, personalidades, lendas ou tradições.
O ‘Braga à Lupa’ tem uma periodicidade mensal, realizando-se a uma quarta-feira. Cada sessão terá a duração máxima de 90 minutos e é conduzida por um ou dois convidados que fazem a abordagem aos elementos seleccionados.
Segundo a vereadora da Cultura, Lídia Dias, o ‘Braga à Lupa’ é “mais uma oportunidade para a descoberta do nosso valioso património, nos seus mais diversos âmbitos”.
“Não se trata de mais uma visita guiada ou de uma sessão sobre a história local, mas sim uma conversa sobre um momento do nosso Património que merece atenção. Pode ser uma tela, uma receita culinária, um documento de arquivo ou uma estátua que nos habituamos a ver na rua”, acrescenta Lídia Dias.