São 6,2 milhos de euros que a AGERE, Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga investiu num novo sistema de recolha de resíduos urbanos. O novo sistema é, segundo a empresa municipal, “inovador e único” no país, e tem como objectivo modernizar o sistema de recolha “com benefícios para o meio ambiente e para a saúde pública da população”.
“A introdução deste novo sistema, que não terá qualquer impacto na tarifa, só foi possível devido à gestão rigorosa da AGERE nos últimos anos. O investimento realizado coloca o concelho de Braga na vanguarda internacional da recolha de resíduos. Permite, ainda, melhorar a eficiência e a qualidade do serviço, assim como as condições de trabalho dos nossos colaboradores”, refere Rui Morais, presidente da AGERE.
Por sua vez, Ricardo Rio destaca que “este é o resultado claro de uma política cada vez mais amiga dos cidadãos e do ecossistema em que vivemos. Temos vindo a marcar a diferença na nova forma de governação da cidade, com a AGERE a prestar um serviço social público relevante e ajustado às necessidades da população e com investimentos coerentes com uma cidade de referência europeia que hoje somos”.
O presidente da Câmara salientou ainda que “existem lacunas num sistema que está instituído há várias décadas em Braga, designadamente a colocação do lixo doméstico no chão das ruas da cidade. Vamos avançar com este importante projecto de colocação de contentores subterrâneos para resíduos domésticos no centro de Braga, algo que nenhum anterior executivo achou preocupante, uma vez que nada foi feito no passado para inverter essa situação e com isto mantermo-nos uma cidade de referência também a este nível”.
IMPLEMENTAÇÃO FASEADA
Parte do investimento foi canalizado para a aquisição de superestruturas de recolha e de lavagem de contentores, que permitem concretizar o processo em apenas 1 minuto 20 segundos. Com sistema automático integrado, utilizam a tecnologia de infravermelhos para detectar e manejar os contentores sem que seja necessário o condutor sair da viatura.
Com este sistema, o lixo passa a ser depositado em contentores, substituindo o modelo de colocação de sacos na rua e eliminando assim este impacto negativo ambiental. Será também possível a colocação do lixo a qualquer hora do dia, sem constrangimentos de horário, e os contentores vão estar a uma distância máxima de 100 metros de cada casa. Recorrendo a viaturas específicas, os mesmos serão lavados e higienizados, regularmente, no próprio local.
O novo sistema de recolha de resíduos sólidos urbanos indiferenciados está a ser implementado de forma faseada pela AGERE em todo o concelho, sendo adaptado às características de cada zona, nomeadamente os acessos e a densidade populacional.
Para 2018, a AGERE prevê ainda investir cerca de 1 milhão de euros em sistemas complementares, tais como a separação de resíduos urbanos biodegradáveis (RUB) no centro histórico.
A AGERE é detida maioritariamente pela autarquia e conta com um accionista privado, a empresa Geswater, que detém 49% do capital. Trata-se de uma das únicas empresas que trabalha transversalmente todo o ciclo urbano da água, abastecimento de água e drenagem de águas residuais (em alta e em baixa) e os resíduos urbanos.
Em 2017 apresentou índices de desempenho superiores às outras entidades do país, com um lucro de cerca de 6 milhões de euros. Nos últimos dois anos conseguiu uma redução de 2,5% nas tarifas pagas pelos consumidores em cada um desses anos.
Pelo trabalho desempenhado na redução de perdas de água, a AGERE foi reconhecida pela APDA com a atribuição do prémio Tubos de Ouro pela melhor acção em prol da redução de perdas da água (27,3% em 2012 –13,88% em 2017).
FG (CP 1200)