O Plano de Acção Integrado para a Inovação Social de Braga passa pela aposta de criação de um Centro de Inovação Social. O anúncio foi feito esta sexta-feira por Ricardo Rio.
O plano tem como ponto de partida a constituição de uma Rede Social Municipal que conte com o envolvimento das entidades públicas, universidades e tecido empresarial, este último enquanto agente financiador e catalisador de novos projectos de empreendedorismo e inovação social.
“A meta passa pela criação do Centro de Inovação Social de Braga, um ‘hub’ que tenha uma localização física, ainda a ser estudada, capaz de acolher estas redes colaborativas e que capacite projectos especificamente dedicados ao empreendedorismo e inovação social através de mentoria e do recurso a um fundo de investimento com critérios bem definidos de alocação de investimento”, referiu o presidente da Câmara durante o Fórum de Inovação Social.
Colocar todos estes recursos à disposição dos projectos depende, em larga medida, do envolvimento das empresas, da sua consciência comunitária e do compromisso dos diversos agentes na procura de soluções para as causas que afligem a sociedade, são os objectivos anunciados pelo autarca.
“Temos a consciência clara que os velhos problemas necessitam de novas soluções e que os novos problemas têm de ser tratados pela sociedade no seu conjunto, com a ajuda de todos os parceiros. Estamos a criar condições para que Braga marque a diferença no estímulo à concretização de projectos com impacto no território e é incontornável pensarmos que para atingir os resultados desejados é essencial o envolvimento efectivo das empresas e a promoção da responsabilidade social corporativa”, disse Ricardo Rio.
EMPRESOS E PROJECTOS DISTINGUIDOS
Durante o Fórum foram distinguidas seis empresas como criadoras de impacto: Cachapuz, Balanças Marques, Primavera BSS, F3M, TUB e Bernardo da Costa. Estas são empresas pioneiras que, além de apresentarem boas práticas de responsabilidade social corporativa, têm vindo a desempenhar um papel activo nesta área e integraram uma formação executiva sobre investimento em projectos sociais.
“Estas são as primeiras empresas a merecer este reconhecimento, mas precisamos de mais, pretendemos que a rede seja a mais alargada e representativa possível. Quanto mais empresas aderirem, maior impacto terão os projectos e mais actividades de inovação social vão existir na cidade. Estamos a fazer um esforço com vista à capacitação e formação de agentes, instituições sociais e empreendedores sociais”, referiu Rio.
No Fórum foram ainda escolhidos os melhores projectos resultantes do Bootcamp em Empreendedorismo Social, que se realizou no início deste mês. Esta formação teve como público-alvo dirigentes e técnicos de instituições da Rede Social de Braga que desenvolveram projectos de Inovação e Empreendedorismo Social, de forma a resolver os desafios da sociedade. Foram distinguidos quatro projectos: três irão receber um investimento de 5 mil euros do Município para a sua concretização, enquanto um receberá 2.500 euros provenientes de um fundo empresarial constituído pelas empresas criadores de impacto.
As soluções integradas no plano de acção para a Inovação Social serão entregues à Comissão Europeia e são também fruto da presença de Braga no Programa Urbact III – Boosting Social Innovation, rede que integra nove Cidades Europeias (Gdansk, Paris, Milan, Turim, Barcelona, Wrocław, Skane County, Baia Mare e Estrasburgo) e que visa desenvolver acções concertadas e integradas de desenvolvimento de conceitos de Inovação Social em contextos municipais.
FG (CP 1200)