A empresa municipal de água, lixos e saneamento AGERE, de Braga, avança, ainda este ano, com uma candidatura a fundos comunitários para execução de uma ETAR na bacia do rio Este, que servirá de alternativa e redundância à ETAR de Frossos. A informação foi prestada pelo administrador Rui Morais ao cabeça de lista à Câmara Municipal, Armando Caldas do partido Nós Cidadãos que visitou a empresa, acompanhado do candidato à Assembleia Municipal, Pedro Pinheiro Augusto.
A Etar de Frossos tem sido objeto de inúmeras queixas devido aos maus cheiros que emana, lembra o candidato.
Questionado sobre a futura obrigação de separação de resíduos no concelho, que o Nós, Cidadãos defende, para reduzir o volume de resíduos incorporados no aterro sanitário e aumentar o rácio de reciclagem, Rui Sá de Morais informou que “não há essa previsão e que não existe tal obrigação em qualquer país da Europa, tese que o ‘Nós’ contrariou apontando a legislação europeia.
Relativamente ao sistema de contentores que a Agere anunciou recentemente, o gestor esclareceu que o sistema será composto de três métodos diferentes, constituindo zonas concêntricas: No centro histórico, serão distribuídos contentores individuais de plástico ao comércio e restauração, bem como sacos adequados aos moradores, prevendo locais de deposição.
Na zona adjacente, serão instalados contentores enterrados, que ocuparão a área de um lugar de estacionamento, que serão recolhidos automaticamente por camiões com sistema bi-fluxo de recolha selectiva, estando previsto a recolha separada de orgânicos, sendo este o sistema que absorverá o grosso dos quatro milhões de euros de investimento.
No restante concelho, serão utilizados contentores plásticos de superfície, idênticos aos da Noite Branca, com limpeza adequada e higienização mensal, afastados cada 100 metros, no máximo. Está também em curso um programa de aquisição de equipamentos de limpeza e lavagem, para dar resposta às necessidades da cidade.
Em termos de esterilização animal, o administrador da Agere informou que esta já está a ser feita pelo canil/gatil municipal há mais de um ano, apesar das muitas reclamações que têm circulado nas redes sociais (que atribuiu a má informação) estando também previsto a adopção de um sistema de “cheque-esterilização” em cooperação com clínicas veterinárias aderentes. Apesar do canil estar a operar dentro da sua capacidade, está a ser estudada a sua ampliação.
Luís Moreira (CP 8078)