Sameiro Araújo afirmou esta segunda-feira na cerimónia da formalização da Rede de Cidades Portuguesas – Capital Europeia da Economia Social (CEES) 2021, que a candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura de 2027, “dá especial atenção aos processos de inclusão, participação e governança democráticas”.
A vice-presidente do município que intervinha na sessão de assinatura da Carta de Compromisso entre as cidades de Braga, Cascais, Coimbra, Sintra, Torres Vedras e a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, deu como exemplo iniciativas como os Laboratórios de Inovação de Braga, onde se insere o Human Power Hub – Centro de Inovação Social, ou o Centro de Juventude, “onde se trabalha de forma especial os Direitos Humanos e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e a própria estratégia Braga 2027”.
Já no que se refere à CEES 2021, Sameiro Araújo assegurou que “Braga tem já delineado um conjunto de iniciativas de relevância para o sector da economia social”.
A ‘vice’ de Ricardo Rio referiu que o município tem “contribuído significativamente” para o reconhecimento da economia social, através do “reforço e do investimento nas organizações, no apoio financeiro e técnico, mas também ao nível conceptual com sucessivos investimentos na realização de estudos e documentos estratégicos”.
“O município continua a expandir a sua base de conhecimento nesta área, através da participação em redes internacionais, enquanto aumenta a consciencialização sobre a contribuição das organizações de economia social para um crescimento inclusivo e sustentável do território”, sublinhou na cerimónia presidida pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que decorreu no Palácio Nacional de Queluz, em Sintra, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.
EMPREENDORISMO SOCIAL PARA REFUGIADOS
Formação sobre investimento de impacto para o tecido empresarial local, a cooperação ibérica na promoção da economia social, a apresentação de boas práticas no âmbito da CEES 2021, o desenvolvimento do conceito de academia de empreendedorismo social para refugiados ou a criação da Rede de Cooperação Europeia entre cidades tituladas de CEES,
Sameiro Araújo deu ainda nota dos quadros de intervenção do Fundo Social Europeu, através do financiamento a projectos CLDS 4G ou Programa Escolhas 8G, com “forte impacto” em Braga, apontando ainda “o esforço das universidades presentes no Concelho em estudar o impacto da economia social”.
Esta é a primeira vez que, a nível europeu, é criada uma rede nacional de cidades para CEES, um sector que tem muito contribuído para o desenvolvimento inclusivo e sustentável dos territórios.
Este ano coube a Portugal indicar a CEES, no âmbito da Presidência Portuguesa do Comité de Monitorização da Declaração do Luxemburgo, que integra 18 países da União Europeia.
Após um processo de consultas, lançado pela Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, por delegação do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o modelo escolhido foi o de uma rede de cidades constituída por Braga, Cascais, Coimbra, Sintra e Torres Vedras.
Esta rede deverá manter-se activa além de 2021, com a possibilidade do seu alargamento a outros municípios portugueses.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)