O empresário de Braga, que foi pronunciado por abusar sexualmente de uma neta, vai ser julgado em Janeiro no Tribunal Coletivo.
O arguido, que nega o crime, foi, também, acusado num outro processo por alegadamente ter violado uma filha, maior de idade e mãe da criança, mas recorreu para o Tribunal da Relação de Guimarães. No caso da neta, onde não teve direito a recurso por haver coincidência de posições entre o Ministério Público e o Tribunal de Instrução, está pronunciado por abuso sexual de menor na forma agravada.
Na fase de inquérito e sob interrogatório de uma magistrada, a criança afirmou que o avó se encostava a ela, lhe meteu a mão nas cuecas e lhe tocou na vagina, ou, ainda, que lhe terá encostado o pénis.
Uma fonte próxima do arguido disse que a pronúncia não valorizou o facto de a criança, hoje com 11 anos, dizer, atualmente, que o avô não abusou dela e que terá agido por instigação da mãe.
A menina encontra-se internada numa instituição de solidariedade social de Braga, estando a mãe e o avô proibidos de a contactar por ordem judicial.
No debate instrutório, o advogado do empresário, Paulo Monteiro alegou que há mais de dez relatórios do foro pedopsiquiátrico em que a menina diz que mentiu sobre os alegados abusos sexuais do avô, e fê-lo para agradar à mãe.
O jurista disse, nas alegações finais, que os relatórios, elaborados por peritos da Segurança Social, do Centro de Acolhimento de Santo Adrião e do Colégio João Paulo II onde a criança anda, têm provas “abundantes e significativas” de que terá sido industriada para acusar o avô.
Luís Moreira (CP 8078)