A Câmara de Braga vai abrir um procedimento de classificação como bem cultural de interesse municipal do prédio número um da Praça da República, que corresponde ao que é conhecido como Arcada.
Na proposta, que é debatida segunda-feira em reunião do Executivo, o vereador do Urbanismo, Miguel Bandeira cita um relatório da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, no qual se diz que, inicialmente o edifício seria o torreão sudeste do Castelo de Braga, mas, ao longo do tempo, foi sofrendo alterações e actualmente é um edifício comercial.
Recentemente, e aquando a realização de obras de conservação e ampliação, foram encontrados vestígios arqueológicos que foram depositados no Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa.
Inicialmente, a Câmara pediu à Direcção Regional de Cultura do Norte a classificação da Arcada como monumento nacional ou de interesse público, mas este organismo estatal entendeu que o edifício, um dos ex-libris de Braga, não se inscreve nessas categorias, não se pondo, no entanto, a que seja classificado como de interesse municipal.
A Arcada da Lapa data de 1715 e foi erguida por iniciativa do Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles. Fecha uma grande praça e uma das maiores artérias da urbe, a Avenida Central. É constituída por oito arcos em cada uma das laterais e três na parte central, num total de 19 arcos.
A meio alberga a igreja de Nossa Senhora da Lapa.
Luís Moreira (CP 7839 A)