Em carta enviada ao primeiro-ministro, o presidente da Câmara de Braga critica o que considera “concentração de recursos” em equipamentos culturais e patrimoniais da Área Metropolitana de Lisboa, lamentando “a não consideração de projectos da esfera municipal, inclusive em imóveis classificados”.
Ricardo Rio destaca entre as intervenções que deveriam ser consideradas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) a reabilitação do Convento de S. Francisco, “financiado de forma insuficiente para o conjunto do projecto pelo Norte 2020”, a musealização da Ínsula das Carvalheiras e a reabilitação do histórico Estádio 1.º de Maio.
Ainda no domínio dos equipamentos culturais em imóveis não classificados, o autarca enumera a António Costa as intervenções em curso ou previstas para o futuro próximo no Centro Cultural Francisco Sanches, no Media Arts Center no S. Geraldo, na Casa dos Crivos e no Museu da Imagem, “enquanto importantes ferramentas da dinamização cultural que também conduzirá a Braga 2025 – Capital Portuguesa da Cultura”.
Fora da alçada directa da intervenção municipal, Ricardo Rio manifesta igualmente a sua preocupação com a degradação das instalações das estruturas da esfera da Justiça e, em particular, com “o protelar sine die, do investimento no Tribunal de Braga e na criação de melhores condições para o Tribunal Administrativo”.
Numa nota de cariz mais operacional e financeiro, o autarca enfatiza a importância de o Governo “continuar a desencadear os mecanismos de compensação dos promotores de projectos, pelo valor do IVA que não venha a ser elegível em sede de candidaturas, uma vez que esta é uma receita que reverte integralmente para o orçamento do Estado Central”.