Duas semanas depois, a família continua sem notícias do empresário de Braga João Paulo Fernandes, de 42 anos, sequestrado, dia 11, uma sexta-feira, à noite, em Lamaçães, quando entrava, com uma filha de oito anos, para a garagem do prédio onde habita.
Fonte próxima adiantou ao PressMinho que não foi pedido nenhum resgate ou o pagamento de alguma dívida antiga da empresa que geria e que faliu, a Climalit. O que leva amigos e familiares – embora a esperança seja a última a morrer – a temer o pior, ou seja, que possa já estar morto.
Uma fonte policial com experiência em sequestros – e que resolveu alguns casos- disse que, se ao fim de quinze dias, os raptores não tiverem contactado a família, é, de facto, “mau sinal”.
A brigada de combate ao banditismo e ao crime violento da PJ do Porto continua a investigar o caso, com várias equipas – tendo ouvido a família e amigos e vários credores da Climalit e das duas empresas do pai – a InMetro, já falida, e a Sociedade de Construções Fernando M. Fernandes (insolvente, mas ainda em liquidação).
Ouviram, ainda, o advogado de Braga, Pedro Bourbon que trabalhou para as empresas da família, e que foi apontado como eventual suspeito, o que este nega, terminantemente, ameaçando processar judicialmente quem tal afirmar ou insinuar.
Outra das hipóteses de motivação para o crime passa por pequenas empresas e ex-funcionários do empresário raptado, que com ele trabalharam em França e a quem terá ficado a dever dinheiro, o que a família de João Paulo Fernandes nega.
O sequestro ocorreu quando João Paulo Fernandes ia entrar na garagem do prédio, com a filha de oito anos. Foi manietado, vendado, ameaçado de morte e metido num carro que fugiu.
Luís Moreira (CP 8078)