Braga marcou presença no III Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos, que decorreu em Ponte Delgada, Açores, uma iniciativa que contou com mais de duas centenas de participantes, entre os quais responsáveis de três dezenas de municípios portugueses e espanhóis.
O encontro teve como objectivos a troca de experiências entre actores institucionais, sociais e investigadores, assim como a análise e reflexão de experiências de orçamentos participativos e outras formas de democracia participativa no contexto ibérico e internacional.
Representada por António Barroso, do Gabinete de Apoio à Presidência, a Câmara de Braga partilhou as experiências participativas deliberativas desenvolvidas no concelho, nomeadamente o ‘Orçamento Participativo’, o ‘Orçamento Participativo Escolar’ e o orçamento jovem ‘Tu Decides’.
“Marcamos presença neste III Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos para partilhar o nosso trabalho mas também acolher outras boas práticas que elevem a participação dos bracarenses” realçou António Barroso, garantindo que “é necessário reforçar permanentemente os laços entre cidadãos e eleitos e encontrar novas e distintas formas de auscultação para uma melhor acção municipal”.
Nélson Dias da Associação In Loco e coordenador da Rede de Cidades Participativas considerou que “os Orçamentos Participativos são ferramentas de aproximação entre o eleito e o eleitor, sendo de realçar que por estudos realizados, aproximadamente 10 por cento das pessoas que participam nos orçamentos participativos em Portugal não votam nas eleições.”
Nos últimos 14 anos surgiram 164 experiências de orçamento participativo, consultivas e deliberativas, sendo que em 2015 estavam activos 83 orçamentos participativos. Este dado faz de Portugal uma das realidades nos orçamentos participativos mais interessantes da actualidade, “é único no mundo com este número de orçamentos participativos” enfatizou Nelson Dias.
“A partilha de informações, a troca de opiniões e a apreciação critica, de tudo, devem constituir as bases para que possamos melhorar as nossas iniciativas participativas e para que os orçamentos participativos se transformem, cada vez mais, num instrumento fundamental de proximidade entre as instituições políticas e os cidadãos para melhorar também a actividade autárquica através desta auscultação” referiu António Barroso.