A ministra do Ambiente apontou esta quarta-feira a renaturalização do rio Este como um “caso especial e um exemplo a nível nacional”, que agora ficou sem betão. Maria da Graça Carvalho participava na inauguração da segunda fase das obras de regularização e renaturalização do rio Este, na zona da lagoa, no Parque Desportivo da Rodovia.
Acompanhado por Ricardo Rio, presidente da Câmara, e Altino Bessa, vereador do Ambiente, a membro do Governo visitou o troço do Rio Este intervencionado.
Esta intervenção teve um custo total de cerca de 650 mil euros e contou com um financiamento de 450 mil euros da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). A obra contemplou a retirada do betão, a renaturalização das margens, a introdução de uma rampa de acesso à lagoa e a colocação de bancos de jardim. Recorde-se que a primeira fase do plano de renaturalização iniciou-se em 2014, entre o hotel Meliá e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL).
A terceira fase da renaturalização, entre a zona da Lagoa e a Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires, está já prevista e contará com um financiamento de 700 mil euros da APA – a obra terá um valor global de aproximadamente 1 milhão de euros. O início das obras deverá acontecer em Março deste ano, prolongando-se até Outubro.
Nestas três fases de renaturalização do rio Este, o município investirá cerca de 1 milhão de euros, sendo que o financiamento da APA ascende a 1,6 milhões de euros.
Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, sublinhou que estas intervenções de renaturalização inserem-se num “esforço contínuo de valorização dos cursos de água” do concelho.
“Estamos a cuidar dos nossos cursos de água, a torná-los mais aprazíveis e a oferecer todas as condições para estes serem usufruídos pela população. Desde as intervenções nas praias fluviais aos projectos da ecovia do Cávado, passando pelo plano de valorizar a nascente do rio Este ou pela regularização da Ribeira de Castro, Ribeira de Panoias e Rio Torto, são vários os esforços que temos desenvolvido para fomentar um ambiente mais saudável e promover a biodiversidade local”, afirmou, destacando o “papel crucial” da sociedade civil na protecção do património natural e a parceria com a APA em vários projectos.
O evento contou ainda com a presença de António Cunha, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), e José Pimenta Machado, presidente da APA.