Os moradores de um bairro de Nogueira, nas ruas Garcia de Orta e Manuel Fernandes, em Braga, estão contra a construção, nos terrenos anexos, de um armazém e uma oficina e pedem que a área seja preservada como florestada. E afirmam que está a ser depositado entulho no local.
Em abaixo-assinado enviado ao presidente do Município, dizem ter conhecimento de que o Centro Cultural e Social de Santo Adrião (CCSA) “pretende construir um barracão de armazenamento e uma oficina, ao arrepio do direito de superficie e da escritura de cedência efetuada pela Autarquia em 2009, assim como dos legítimos interesses dos moradores”.
Exigem “a manutenção como zona arborizada e de reserva natural para diversos tipos de aves que tinham ali o seu habitat”, e lamentam que o Centro Social tenha, em 2011, procedido à sua desarborização, com o corte de algumas árvores nobres (sobreiros), e que, posteriormente, dali tenham sido levados milhares de metros cúbicos de terra para os acessos ao novo Hospital”.
“Procedeu o CCSA, em data recente, ao depósito de entulho de obra nos terrenos, mais uma vez em desrespeito de propriedade e dos mais elementares princípios ecológicos e de urbanidade”, lamentam.
Na missiva, questionam, ainda, que, num local destinado a equipamento, se venha a construir um armazém e uma oficina, e com uma lógica de enorme volumetria e cotas de implantação, – pasme-se, no cimo de um monte! – sem um afastamento razoável dos logradouros, erigindo-se assim uma verdadeira muralha que nos vedará para sempre o sol nascente”.
DIÁLOGO
Contactado, a propósito, o vice-presidente da Câmara, Firmino Marques disse que o terreno cedido pela anterior Executivo, ao Centro Social, vai voltar a sê-lo, já que a crise económica o impediu de cumprir o contrato no tempo previsto: “trata-se de um organismo de interesse concelhio que quer ter um armazém para guardar os objetos que recolhe, como camas, colchões, e mobiliário”.
O autarca diz que vai “promover o diálogo entre as partes de forma a que o armazém fique afastado das casas e com um só piso”.
Já fonte da Direção do Centro garantiu que irá falar com os moradores, seguindo a sugestão do Município, de forma a que a obra não prejudique os prejudique.
Luís Moreira (CP 8078)