O Museu da Imagem apresenta o ciclo de cinema ‘Isabel Ruth’ entre o próximo sábado e 9 de Dezembro.
Este ciclo, inserido na exposição ‘Persona’, de João Vilhena, decorre aos sábados, às 16h30.
A entrada é livre, mas sujeita à lotação da sala.
CICLO DE CINEMA ISABEL RUTH
18 NOV | ‘Mudar de Vida de Paulo Rocha’ (1966)
25 NOV | ‘Pax de Eduardo Guedes’ (1994)
2 DEZ | ‘Cinema de Fernando Lopes’; ‘Erros Meus de Jorge Cramez’ (2000); ‘Shadow de Emanuel Loff’
9 DEZ | ‘Se eu fosse ladrão, roubava’, de Paulo Rocha (2012)
A ACTRIZ
Isabel Ruth, nascia em Tomar, em 1940, ingressou no teatro por volta de 1970, depois de se estrear em ‘O Marinheiro’, de Fernando Pessoas , dirigida por Fernando Amado no Teatro da Casa da Comédia . Trabalhou depois com Ribeirinho (1967 – ‘O Inspector Geral’ de Gogol no Teatro Villaret ).
No âmbito internacional, uma curta-metragem com Pascal Aubier em Françafoi o ponto de partida para trabalhar com vários realizadores europeus. Instalou-se em Itália em 1967 e aí frequentou os meios artísticos. Tornou-se amiga de Pier Paolo Pasolini e de Bertulucci, participando em diversas curtas-metragens. Foi dirigida por Pasolini em ‘Edipo Rei’ (1967), protagonizou duas longas-metragens (uma, ‘Il Retorno’ realizada por Leonello Massobrio , outra, ‘H2S‘ de Roberto Faenza).
Considerada uma das maiores actrizes do cinema português, é presença fetiche na cinematografia de Paulo Rocha , que a dirigiu em ‘Os Verdes Anos’ (1963), ‘Mudar de Vida’ (1966), ‘O Rio do Ouro’ (1998), A ‘Raíz do Coração’ (2000) e ‘Vanitas'(2004).
Trabalhou regularmente com Manoel de Oliveira em ‘Vale Abraão’ (1993), ‘A CAIXA’ (1994), Viagem ao Princípio do Mundo (1996), Inquietude (1998), ‘Vou para Casa (2001), ‘O Princípio da Incerteza’ (2002) e ‘Espelho Mágico’ (2006).
Foi ainda dirigida por João Botelho (1980 – ‘Conversa Acabada’, 1988 – ‘Tempos Difíceis’), entre outros realizadores e realizadoras.
Em 1995 no Festival de Cinema em Moscovo ‘Faces of Love’ é eleita a melhor actriz pelo seu desempenho no filme ‘Pax‘ de Eduardo Guedes (1994). Voltou a filmar em Itália com Tonino de Bernardi, onde participou na XVII edição do festival ‘Segni Barocchi’ em Foligno.
No final de 1999 a Cinemateca Portuguesa faz-lhe uma homenagem e João Bénard da Costa dedica-lhe o livro ‘A dupla vida de Isabel Ruth‘.
Em 2007 recebeu o Globo de Ouro como Melhor Actriz, pela sua interpretação em ‘Vanitas‘ de Paulo Rocha (2005).
Isabel Ruth também escreve e compõe música. .
Publicou ‘Fotopoesia’ (2006) pela Guerra&Paz, uma autobiografia poética, com prefácio de Urbano Tavares Rodrigues.