O Núcleo Museológico de Dume abriu esta sexta-feira ao público os conteúdos expositivos das ruínas arqueológicas da basílica sueva da freguesia. A inclusão é uma das grandes apostas deste equipamento, uma vez que o espaço está totalmente equipado para receber visitantes com qualquer tipo de limitações, sejam elas de mobilidade, visual ou auditiva.
Segundo Miguel Bandeira, vereador da Câmara, este espólio “assume uma importância ímpar pela sua singularidade e valia patrimonial, constituindo-se como exemplar único, cuja valorização permitirá projectar as ruínas arqueológicas de São Martinho de Dume para o mesmo patamar dos grandes conjuntos europeus similares, integrando-o nos circuitos internacionais de arquitectura cristã antiga”.
ROTEIRO INTERNACIONAL
“Este Núcleo é um importante referencial da nossa memória colectiva. Estes são espaços que nunca estão verdadeiramente encerrados a novos contributos do conhecimento, podendo sempre apresentar novas descobertas e revelações”, sustentou Miguel Bandeira, esperando que “em pouco tempo este seja um museu do conhecimento do grande público”.
Já para presidente da União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe, Francisco Silva, o objectivo é colocar este núcleo museológico nos roteiros nacionais e internacionais. “Este património, além de valorizar a freguesia, vai permitir realizar uma viagem no tempo, para que Dume ocupe o seu lugar na história religiosa e de Portugal”, disse.
A fruição das ruínas assenta na criação de um circuito entre o edifício que alberga o túmulo de São Martinho de Dume e a igreja, sob o actual adro, de modo a proporcionar a visita às ruínas conservadas. O visitante pode visualizar vídeos e contextualização no auditório e iniciar depois uma espécie de ‘viagem no tempo’, circulando pela parte subterrânea do adro da igreja, vendo ruínas da antiga ‘Villa Romana’ e do mosteiro e basílica suevas, terminando na sala do túmulo.
A musealização das ruínas da antiga Catedral, localizadas sob a actual igreja paroquial de Dume e seus espaços circundantes, é fruto da união de esforços entre a União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe, município, Universidade do Minho e a Igreja, a “verdadeira legatária” das memórias referencias agora expostas.
O Núcleo Museológico de Dume é um equipamento cultural da União de Freguesias, composto pelo edifício que alberga o túmulo de São Martinho de Dume e pelas ruínas arqueológicas (basílica e mosteiro Suevo e balneário Romano), já classificados como Monumento Nacional.
O Núcleo funciona de terça a sábado (excepto o primeiro sábado de cada mês) das 14 às 18 horas e aos primeiros domingos de cada mês entre as 09h30 e as 12h30. O espaço disponibiliza ainda um serviço educativo com visitas guiadas para grupos e outras actividades, sujeitas a marcação prévia na União de Freguesias.