Ricardo Rio, o presidente da Câmara de Braga, admite que o aeródromo de Palmeira pode vir a acolher voos comerciais. No entanto, apenas no futuro, já que para já o objetivo é usar o local para formações no setor aeronáutico.
A possibilidade foi avançada por Ricardo Rio, depois da reunião quinzenal do executivo. O objetivo é apostar na valorização do espaço, com novas áreas de desenvolvimento económico no turismo, comércio e criação de emprego.
«Queremos qualificar cada vez mais o aeródromo, torná-lo cada vez mais apto a receber novas valências e novas utilizações e, quem sabe, no futuro, até torná-lo apto a poder receber voos de natureza comercial», disse.
Nestas operações comerciais há a ter em conta «desde o ponto de vista da segurança aérea, o controle de tráfego aéreo, até à própria segurança no local», vinca.
«Uma das coisas a que nós estamos vinculados, por exemplo, neste segundo nível que obtivemos é a disponibilização de uma equipa permanente de bombeiros no local para poder acorrer em caso de qualquer incidente», refere.
«Mas, neste momento, a primeira prioridade, e essa é mais realista e mais próxima, é, depois de atingir este segundo nível de certificação, começarmos a usar o aeródromo também para fins formativos dentro do setor aeronáutico, para podermos também gerar aí uma nova área de negócio no nosso concelho», sublinhou.
Devido a «herança passada, do ponto de vista jurídico e do ponto de vista físico», Ricardo Rio diz que o aeródromo não tem sido aproveitado como o executivo desejaria.
Apesar disso, Ricardo Rio diz que, depois do compromisso com a Agência Nacional de Aviação Civil, o aeródromo foi certificado, o «que também já vai abrir oportunidade para novas utilizações», aponta. «Esse percurso é um percurso [de qualificação do aeródromo] que tem de ser continuado», completou.
Ficou, ainda, aprovada, na reunião desta sexta-feira, a constituição do direito de superfície de um terreno com a área global de 500 metros quadrados no aeródromo para a Associação de Paraquedistas do Minho e sua atividade de exploração de paraquedismo civil e militar.
O PS pôs a hipótese de a constituição inviabilizar a possibilidade de voos comerciais e Ricardo Rio garante que não.