O poeta Daniel Jonas venceu a 23.ª edição do Grande Prémio da Literatura dst, com a obra ‘Oblívio’, disse esta sexta-feira à Lusa a organização deste galardão, que tem o valor de 15 mil euros.
Em comunicado, a organização do prémio literário, que já distinguiu autores como Mário Cláudio, Luísa Costa Gomes, Armando Silva Carvalho, Jacinto Lucas Pires e Maria Velho Costa, explicou que ‘Oblívio’ foi distinguido pelo “trabalho textual, muito depurado, assumindo uma linguagem de timbre clássico, para melhor encontrar uma clara modernidade de temas e formas”.
Segundo explica o júri, no texto de decisão, a obra distingue-se também “pelas evidências cultas, sensíveis, de uma criação poética que não se alheia do quotidiano nem da emoção”.
Daniel Jonas é poeta, dramaturgo e tradutor. Enquanto poeta, distinguiu-se pelas obras ‘Oblívio’, onde retoma a forma soneto, ‘Sonótono’, que lhe valeu o prémio PEN de Poesia, ‘Bisonte’ e ‘Nó’, Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes da Associação Portuguesa de Escritores.
Traduziu várias obras e vários autores, entre os quais John Milton, Shakespeare, Waugh, Pirandello, Huysmans, Berryman e Dickens, e recebeu um prémio pela tradução do ‘Passageiro Frequente’, do polaco Michal Lipszyc, que lhe garantiu a nomeação para o Prémio Europeu da Liberdade.
Como dramaturgo publicou ‘Nenhures’ e escreveu ainda ‘Estocolmo’, ‘Reféns’ e o libreto ‘Still Frank’, todos encenados pela companhia Teatro Bruto.
Em 2012, Daniel Jonas foi distinguido com o Prémio Europa David Mourão-Ferreira, da Universidade de Bari/Aldo Moro, pelo conjunto da obra.
O Grande Prémio de Literatura dst foi instituído há mais de duas décadas pelo dstgroup e afirma-se ano após ano como um dos mais importantes no panorama cultural português, sendo entregue de forma rotativa, um ano distingue poesia, no ano seguinte prosa.
O prémio é entregue no dia 29 de Junho, numa cerimónia integrada na Feira do Livro de Braga.