A Concelhia do PS de Braga não perdeu tempo e, esta quinta-feira à tarde, respondeu a João Granja, presidente da congénere social-democrata, que criticara as palavras de António Braga, candidato socialista à liderança do município, sobre a gestão autárquica de Ricardo Rio a quem chama gestão de “pintor de rodapés”.
Em tom de ironia, o PS diz que o PSD até “que tem alguma razão” quando diz António Braga “defende Braga do passado”.
“Sim, defende a Braga que o PSD “herdou”, onde era “Bom Viver em Braga”, onde não havia o caos do trânsito parado…e parado, onde se conseguia circular, em que havia oferta abundante de habitação e, por isso, as casas eram mais baratas, as rendas acessíveis às jovens famílias e o parque habitacional era dos mais baratos do país”, lê-se no comunicado.
Na visão dos socialistas, a cidade de António de Braga é a “Braga onde se fez obra, onde se criaram as infra-estruturas de que a cidade hoje beneficia”. “A Braga onde havia qualidade de vida.”
Em contrapartida, “a governação do PSD, não deixa, ao fim de doze anos, uma obra nova de referência, pelo que o seu lugar na história do concelho será o de pintor de rodapés da obra estruturante que recebeu do PS”.
COMISSÃO DE FESTAS
“Para os bracarenses é mais fácil identificar o exercício do PSD na governação municipal como uma comissão de festas do que propriamente como governo do concelho”, diz o PS, retomando uma critica antiga.
E atira: “Há, até, quem se interrogue se o PSD já tomou posse pois passou onze anos a promover festejos, festas e festinhas, por tudo, por nada e pelo seu contrário”. “Na verdade, quem ficou parado no passado foi o PSD.”
“É indesmentível que nos 12 anos de Governo do PSD, a cidade e o concelho regrediram, nomeadamente, com o vereador, ora candidato do PSD, responsável pelo pelouro do trânsito a lançar o caos na circulação na cidade tendo ficado célebre a sua política do “pilarete” para melhor entupir a circulação. Um verdadeiro tratado de má decisão e má governação”, acrescenta.
Então, “aflito”, o PSD “troca as voltas ao ora seu candidato e retira-lhe o pelouro. Tarde de mais, como sempre”. Assim se viu, claramente, a “frescura” das ideias do candidato em trocas e baldrocas na circulação automóvel, sem um assomo de visão, sem um pingo de bom senso, mas, sempre, com “energia” para colocar os pilaretes por tudo que é rua. Uma obra consensual…no repúdio público”, acrescenta o partido de Pedro Nuno Santos.
Enquanto a Concelhia do PSD, “já nem dá voz” a João Rodrigues, “numa conseguida tentativa de o esconder do debate sobre as políticas para o município”, o PS e António Braga “já deram e darão, de forma estruturada e consistente, provas que os seus projectos para o município consubstanciam uma visão de desenvolvimento humanista, amiga do ambiente e do investimento”. Uma gestão que “favorece a criação de emprego, do emprego jovem e qualificado e, bem assim, das condições de habitação as custos controlados e de renda acessível para proporcionar, sobretudo, a fixação das jovens famílias, impedindo a sua saída do nosso concelho”.
“CALADO, MOITA CARRASCO”
Refere ainda que “nesse tal passado” foi o PS que lançou oferta de habitação pública “e lançará no próximo mandato um programa municipal corajoso para construir habitação pública a preços controlados, sobretudo para os mais jovens, como para a classe média”. E também “uma rede pública municipal gratuita de creches para responder às graves carências destas valências e apoiar as jovens famílias”.
Sobre a proposta de criação da Área Metropolitana de Braga, lançada por António Braga, o PSD, “fica calado, moita carrasco”.
“Em doze anos não ter sido capaz de perceber a importância da criação desse instrumento, mostra bem a sua notória falta de visão para o concelho e para a região. Mostra que desconhecem a relevância de Braga ser capital de distrito. Mostra que não são capazes de ambicionar mais e melhor para Braga. É caso para dizer, outrossim, que não gostam de Braga”, assinala o PS.
Os socialistas sustentam que “as ideias, os projectos, as soluções, em linha com que de melhor se faz hoje na Europa, estão com António Braga, um candidato preparado, com conhecimento, com experiência, com mundo, com provas dadas no desempenho de altas funções profissionais, governativas e legislativas. Sem mácula”.
A Concelhia do PS bracarense, remata, subscrevendo as críticas do secretário-geral socialista: “(…) é importante sublinhar que Pedro Nuno Santos conhece bem as problemáticas do concelho, a ausência de respostas da actual governação, por isso a denúncia que deixou de “Braga parada” foi a expressão e a identificação do sentimento generalizado da população bracarense. Isso também doeu ao PSD local. Pois doeu”.
Fernando Gualtieri (CP7889)