A blackbox do gnration, em Braga, recebe no próximo sábado, pelas 22h00, Rui Reininho que apresenta ‘20.000 Éguas Submarinas’, um disco, segundo a critica Hugo Geada, “adopta um imaginário místico e mistura a mitologia oriental com a história portuguesa, tudo sob um pano de fundo sonoro de percussões exóticas, elementos de música concreta e influências psicadélicas”.
Rui Reininho é um dos ilustres nomes da música portuguesa, cara frontal dos GNR, um dos grupos com mais reconhecimento nacional e com mais páginas escritas na história da música pop portuguesa das últimas três décadas. Esta é uma parte que o grande público sabe e para a qual não existem dúvidas. Mas fora da carreira extensa dos GNR, Rui Reininho mostrou que há um outro Rui, explorador e mais incomum.
Em 2008, Reininho estreava a sua discografia a solo com um disco de canções pop, com cheiro a especiarias e texturas de electrónica, que apontava direcções para diferentes mares e costas do globo.
Produzido por Armando Teixeira, descobríamos aqui um outro Reininho, que não sabíamos que existia, que não ouvíamos desde os exercícios experimentais que marcaram o início da sua carreira como a Anar Band, com Jorge Lima Barreto.
O barco estava então de saída, mas tão cedo não voltaríamos a avistar Reininho a solo e ao leme desse navio no qual é comandante. Passou-se mais de uma década desde então e até chegarmos a este.
O seu novo e surpreendente disco é um mergulho em mares profundos e um exercício de libertação que vai para além do esperado.
Produzido por Paulo Borges, que também participa ao piano, sintetizadores, programações e guitarra, o disco conta com Reininho (para além da voz) nos gongos, taças e percussões, juntando-se também outro ilustre, o guitarrista Alexandre Soares (Três Tristes Tigres, Osso Vaidoso). Mas as participações prolongam-se a Pedro Jóia, Tiago Maia, Eduardo Lála, Ruca Rebordão, Moisés Fernandes, Daniel Salomé e Jacomina Kistemaker, psicóloga holandesa que desenvolve espiritualidade através do som, recorrendo a taças, gongos, monocórdio e voz, e a quem Reininho aponta como grande referência para o disco.
Entrada: 9 euros.