Depois de uma segunda-feira, já considerada o pior dia do ano no que se refere a fogos florestais, e que deixou Braga irrespirável, em pânico, e cercada pelas chamas, esta terça-feira, graças à chuva (fraca) que caiu durante a madrugada, a cidade volta lentamente à normalidade possível.
Segundo Firmino Marques, vice-presidente da Câmara e responsável pela Protecção Civil Municipal, as chamas terão consumido 1.200 hectares, o equivalente a 1200 campos de futebol.
As labaredas deixaram um rasto de destruição por todo o concelho, não havendo, no entanto, registo de vítimas mortais. Um bombeiro dos ‘Voluntários’ bracarenses, vítima de queda sofreu ferimentos ligeiros, tendo sido transportado para o hospital de Braga.
Habitações em Fraião ficaram destruídas, o mesmo acontecendo com dois armazéns e de uma empresa (que emprega 18 trabalhadores) nas imediações do Parque Industrial do Barral, em Nogueira.
O Hotel Falperra e as instalações do Projecto Homem (centro de tratamento de toxicodependência) forma evacuados. Também alguns moradores de zonas próximas das frentes de fogo foram evacuados, acabando por regressar às suas habitações de madrugada.
MILITARES DA GNR ESCAPAM À MORTE
Um grupo de cerca de uma dezena de militares da GNR escaparam à morte ao princípio da noite de domingo, quando estiveram cercados pelo fogo oriundo de Guimarães, onde começou o incêndio que chegou a Braga.
Os fogos queimaram ainda, segundo o PressMinho apurou junto de uma fonte da GNR ao final da noite de domingo, “quase tudo” em Nogueira, Morreira, Crespos e Esporões.
“Estamos em vários locais desde as 7 horas da manhã de hoje [domingo] alguns estão muito cansados”, avançou a mesma fonte
“Está a ser um dia muito difícil para a GNR, mas sobretudo para os bombeiros que estão exaustos. Nunca vi uma coisa assim”, desabafou o militar da Guarda.
FG (CP 1200) com JG (CP 2015)
Fotos: PressMinho e Facebook