A dissolução da SGEB-Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga, criada em 2009 pela anterior gestão socialista, para construir 44 relvados sintéticos e outros equipamentos, ocorre já no começo do novo ano fiscal, em 2017. Mas, ao que o PressMinho/Vilaverdense soube, o Tribunal Arbitral, que irá decidir sobre as reclamações dos dois privados, a ABB e a Europa-Arlindo, só será constituído em abril.
Conforme o PressMinho noticiou, na assembleia-geral, realizada há dias, os dois privados abstiveram-se na votação da proposta camarária de dissolução, mas frisaram que não concordam com a verba de 1,5 milhões que nela consta como pagamento final dos lucros cessantes e a haver na sociedade.
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, argumentou que a “parceria dos relvados desportivos” é ruinosa já que custa seis milhões de euros por ano aos cofres da Câmara, valor que se reduzirá para metade com a reformulação dos atuais empréstimos bancários.
As empresas ABB- Alexandre Barbosa Borges – gerida por Gaspar Borges – e a Europa Ar-Lindo – de Domingos Coreira – não quiseram prejudicar o Município, mas vão, agora, recorrer ao Tribunal Arbitral para pedir mais dinheiro.
Vão, por outro lado, receber o dinheiro investido na firma, e que consta na contabilidade como empréstimos/suprimentos, ao todo cerca de oito milhões para a ABB, e dois para a Ar-Lindo.
Com esta decisão, o Município poupa 80 milhões em 23 anos, libertando recursos financeiros para outros investimentos, até agora dificultados devido à renda de 500 mil euros que pagava mensalmente à banca e aos dois privados (estes recebiam 7,25 por cento de juros sobre o capital investido). Situação que Rio já classificou como sendo “gestão criminosa” do seu antecessor, Mesquita Machado.
Ao que o PressMinho/Vilaverdense soube, o Tribunal Arbitral vai ter três juízes, um indicado pela Câmara outro pelos dois empresários. O terceiro será escolhido por estes dois, de comum acordo.
Domingos Correia já fez saber que pretende sete a oito milhões (dez por cento da poupança camarária com a dissolução), desconhecendo-se qual o valor exigido por Gaspar Borges.
A decisão final não deverá chegar antes das eleiçoes autárquicas que devem ocorre em outubro.
Luís Moreira (CP 8078)