O violino Stradivarius ‘Duque de Edimburgo’ tem quase 300 anos e, do seu género, só há cerca de 500 no mundo, podendo o preço unitário chegar a vários milhões de euros. Este exemplar é o destaque das I Jornadas de Violino de Braga, que se realizam este sábado e domingo no Museu dos Biscainhos.
A iniciativa é promovida pelo Departamento de Música da Universidade do Minho, em colaboração com o Município de Braga e a Sinfonietta de Braga.
Aquele violino de 1724 –revela a UMinho – foi construído pelo italiano Antonio Stradivari, talvez o mais famoso, pela qualidade e pelo som dos seus exemplares. O ‘Duque de Edimburgo’ vai integrar uma exposição das Jornadas, que inclui vários modelos da coleção privada Florian Leonhard. Os profissionais presentes são até desafiados a experimentar os violinos e os arcos em exibição.
As Jornadas, que têm o tema ‘Violinos lendários’, incluem ao longo do sábado aulas abertas com o belga-luso-americano Eliot Lawson e, às 19h00, um concerto da Orquestra de Cordas da UMinho, com os solistas Jessie Tortorice e Eliot Lawson e a direção de David Ramael. No domingo, às 11h30, há o recital de violino e piano ‘Lawson and Lawson’.
O ‘DUQUE’
O ‘Duque de Edimburgo’ foi adquirido a Antonio Stradivarius por Count Platen, de Hanover (Alemanha), e depois comprado pelo primeiro duque de Cambridge, Adolfo, que o passou ao seu filho George e, daí, ao neto Albert, duque de Edimburgo, e à sua mãe Marie. Entretanto, o norte-americano Dwight Partello, funcionário consular em Berlim, adquiriu-o e deixou-o em testamento para o Museu Smithsonian, nos EUA.
Contudo, diversos violinistas protestaram, com sucesso, para o instrumento poder continuar a ser tocado. Desde então, o violino tempassado por várias casas de instrumentos e particulares.
Luís Moreira (CP 8078)