Esta quinta-feira, dia em que Portugal e Espanha acordaram na abertura de mais quatro pontos de passagem na fronteira em Melgaço, Monção, Vila Nova de Cerveira e Miranda do Douro, a Comissão Europeia propõe que fronteiras abram “tão cedo quanto possível”, já a partir de 15 de Junho.
A Comissão Europeia admite, contudo, que a recomendação de reabrir as fronteiras internas da União Europeia até à próxima segunda-feira seja difícil de aplicar em Portugal.
Numa conferência de imprensa para apresentação das recomendações da Comissão relativamente ao levantamento “gradual e parcial” das restrições a viajantes de países terceiros a partir de 1 de Julho, a comissária dos Assuntos Internos sublinhou repetidamente que as fronteiras externas só podem começar a ser reabertas assim que todas as fronteiras internas já o estejam, e actualizou a recomendação de Bruxelas, que agora propõe que tal suceda “tão cedo quanto possível, já a partir de segunda-feira”, 15 de Junho.
De acordo com Ylva Johansson, esta nova recomendação da Comissão tem em conta a evolução muito positiva e rápida da situação epidemiológica na Europa e o facto de a generalidade dos Estados-membros da UE estarem “a convergir muito para a data de 15 de Junho”.
No caso dos países que não o contavam fazer nessa data, reconheceu que a recomendação é difícil de aplicar em tão curto espaço de tempo.
Questionado sobre o recente anúncio de que Portugal e Espanha manterão as fronteiras encerradas até 30 de Junho, a comissária sueca rejeitou a ideia de que haja falta de coordenação, admitindo que o Conselho de Assuntos Internos da UE ainda na semana passada apontou para o levantamento das restrições internas até ao final do mês, e que só esta quinta-feira é que o executivo comunitário recomendou que o mesmo tenha lugar mais cedo.
“Compreendo que, ao recomendarmos numa quinta-feira a reabertura na segunda-feira, é um prazo muito apertado para Governos que ainda não tenham tomado essa decisão, compreendo isso. Mas também vemos que os Estados-membros estão muito a convergir para a data 15 de Junho, daí a nossa recomendação”, justificou.
De todo o modo, insistiu, “o mais importante é que todas as fronteiras internas estejam abertas antes de a UE começar a abrir as fronteiras externas”, o que a Comissão esta quinta-feira propôs que ocorra a partir de 1 de Julho, pelo que não haverá problema se os Estados-membros “utilizarem mais uma ou duas semanas em Junho”, tal como preveem Portugal e Espanha.
Redacção com TSF