O famoso Burlão das Notas de 50 euros foi condenado em Braga com dois anos e dez meses de prisão efectiva por uma burla de mil euros numa loja daquela cidade onde pagou uma encomenda de têxteis-lar com um cheque da falecida mulher que tal como ele tinha problemas de alcoolismo e toxicodependência.
Valdemar Alexandre de Sousa Castro, com 42 anos, viúvo, desempregado, natural de Angola, que se encontra recluído no Estabelecimento Prisional do Porto residia em Braga aquando da burla à loja da Algodão & Cª, na Rua dos Capelistas, no centro de Braga, alegadamente cometida já em Maio de 2014.
Apesar de ter ficado conhecido a nível nacional pelas suas burlas com notas de 50 euros, que pedia para trocar, enquanto pedia sandes aos balcões de cafés, mas nunca chegando a entregar as notas de 50 euros, fugindo imediatamente com ela, o troco e as sandes, já era conhecido no Minho, mas por crimes estradais.
Valdemar Castro tinha protagonizado na região do Minho vários crimes de condução perigosa tentando atropelar militares da GNR e agentes da PSP, em fugas a operações stop das autoridades policiais, em Braga e Esposende.
Pelo caso das burlas com notas de 50 euros, Valdemar Castro, que possui um bacharelato em engenharia civil e teve empresas em Braga e em Esposende, apanhou oito anos de prisão no Tribunal de Vila Nova de Gaia, a que se junta agora a condenação de dois anos e dez meses, igualmente de prisão efectiva.
Segundo o juiz-presidente, Emídio Rocha Peixoto, não há lugar a qualquer tipo de pena suspensa, “atendendo ao percurso deste arguido, porque não é mais possível fazer um juízo de prognose favorável, pois vem de condenação em condenação, defraudando sempre as expectativas em si depositadas de interiorização do desvalor da sua conduta”, como destacou, na sua sentença.
JG (CP 2015)