O executivo municipal aprovou, esta segunda-feira, por unanimidade uma recomendação para que Braga seja tida em conta no processo da possível instalação da Agência Europeia do Medicamento (AEM) em Portugal.
Para Ricardo Rio, presidente da Câmara, o processo de elaboração da candidatura encetado pelo Governo “deveria ter sido mais aberto e participado”, referindo que “Braga tem todas as condições para acolher a Agência”.
“Mais do que uma lógica estritamente centralista, que sempre tem estado presente nas decisões dos vários governos, este processo encerra uma enorme falta de transparência e rigor. Não é possível perceber como é que o governo avalia e determina a escolha de uma cidade sem promover qualquer tipo de auscultação ou de avaliação prévia de alternativas”, frisou o autarca no final da reunião do executivo.
Reconhecendo que a possibilidade de Portugal vir a ter uma candidatura vencedora é “limitada e muito exigente face à concorrência internacional”, Rio considerou que, numa primeira instância, “o governo deveria avaliar as cidades com condições para poder vir a acolher a Agência e, só depois, convergir esforços nessa candidatura”.
OPÇÃO POLÍTICA
Por outro lado, acrescentou, este é um “processo que exige uma opção política clara” já que, a instalação da Agência em Lisboa, não terá o mesmo impacto ao nível do desenvolvimento do território como teria se fosse instalada em Braga ou mesmo no Porto.
“O Governo teria de sair da sua zona de conforto e olhar para o país no seu todo e perceber que este tipo de decisões têm impacto directo nos níveis de desenvolvimento das regiões e no bem-estar das populações”, sustentou, reiterando a “profunda convicção de que Braga tem todas as condições para acolher a Agência”.