A Câmara de Braga procedeu à entrega dos primeiros selos de certificação da Viola Braguesa a quatro unidades produtivas artesanais, marcando o culminar do processo iniciado há dois anos. “A certificação da Viola Braguesa é uma forma de assegurar que as tradições e os valores são mantidos, ao longo do tempo, fieis à sua identidade”, refere a autarquia.
A publicação em Diário da República concluiu o processo iniciado em 2016, com o objectivo de “preservar e estimular todo o saber fazer acumulado ao longo de séculos por aqueles que produzem a viola braguesa”, explica Miguel Bandeira. Segundo o vereador do Património, a Viola Braguesa “constitui um factor de atracção e projecção do território, sendo por isso merecedor de uma garantia de qualidade”.
“Por razões culturais e económicas, em Braga concentra-se um vasto número de produtores de referência de instrumentos musicais. Entendemos que, no caso da Viola Braguesa, era importante dar este passo ambicioso e avançar para o processo de certificação, garantindo desta forma a sua preservação, promoção e manutenção dos padrões de qualidade definidos”, sustenta Miguel Bandeira.
Recorde-se que o processo de certificação deste instrumento musical é liderado pela autarquia sendo, sendo a Adere-Minho o organismo de certificação
A existência da Viola Braguesa, também designada de viola de Braga, surge documentada desde o século XVII e é o instrumento mais popular do Noroeste Português entre o Douro e Minho. Toca-se a solo ou no acompanhamento do canto em ‘Rusgas’, ‘Chulas’ e ‘Desafios’.
Como todas as violas portuguesas, a Braguesa pertence a um género musical exclusivamente lúdico e festivo e integra o mesmo tipo fundamental comum a todos os cordofones da família das ‘guitarras’ espanholas e europeias, a que pertence.
FG (CP 1200)