O município de Braga prepara-se para dar mais um passo essencial com vista à concretização do futuro Parque Ecomonumental das Sete Fontes, com a aprovação da delimitação da primeira unidade de execução do Plano de Urbanização. O documento é analisado em reunião de Executivo Municipal, da próxima segunda-feira.
A referida unidade, com uma área total de 54.215, prevê, de forma exacta e efectivamente delimitada, solo para uso cultural (43.282 m2), solo para espaço público pedonal e solo para espaços habitacionais, sendo que a operação assegura, ainda, uma ligação viária à via existente a norte (junto ao Colégio João Paulo II).
Para o presidente da Câmara, Ricardo Rio, o Parque das Sete Fontes “é um projecto absolutamente estratégico para Braga e totalmente irreversível”.
“Ao longo dos últimos anos, fomos cumprindo diversas etapas necessárias para concretizar o Parque. Logo em 2014, aprovámos a suspensão do Plano Director Municipal (PDM) e estabelecemos medidas cautelares preventivas, avançámos com a supressão da via que atravessava as Sete Fontes e promovemos uma ampla discussão pública sobre as alterações ao PDM para esta área e sobre o seu plano de urbanização”, refere o autarca.
Ricardo Rio salienta, ainda, a postura de “total diálogo e disponibilidade” que a Câmara teve com todos os proprietários, “mesmo compreendendo que alguns se sentissem defraudados, não nos seus direitos, mas nas suas expectativas”.
A aprovação da delimitação da primeira das 24 Unidades de Execução do Parque das Sete Fontes, acrescenta, constitui um “requisito fundamental para a concretização do parque, mas também um passo determinante para o seu sucesso”.
O PARQUE
Trinta hectares de parque verde público, 30 hectares de área florestal privada e 30 hectares de área urbana com criação de praças, pequenas edificações de apoio, miradouros, percursos pedestres e cicláveis.
Assim será o Parque das Sete Fontes, cujo elemento central é o ancestral sistema de abastecimento de águias à cidade de Braga, uma obra hidráulica do século XVIII classificada como Monumento Nacional desde 2011.
Este local privilegiado de contacto com a natureza será, em breve, um espaço propício à realização de atividades desportivas e de lazer. Um lugar de convívio e de vivência cultural e ambiental. Um lugar pensado por uma equipa de reputados especialistas nacionais, sob a coordenação da arquitecta paisagista Teresa Andresen.