O Convento de S. Francisco de Real já esta nas mãos da Universidade do Minho (UMinho) para que aí seja instalado a sua Unidade de Arqueologia, actualmente sediada no centro da cidade. A assinatura do contrato de comodato e entrega das chaves realizou-se esta quinta-feira. Recuperação do convento está orçada em 3 milhões de euros
O município de Braga, ex-proprietário do imóvel, coloca com a assinatura do contrato o edifício ao serviço da investigação científica. O contrato permite encontrar uma solução para a reabilitação do Convento, imóvel que actualmente se encontra em estado de degradação e sem utilização há vários anos.
A UMinho fica responsável pela execução e concretização do projecto de reabilitação do imóvel, assim como pela criação de um espaço museológico com circuitos de visita abertos ao público no Convento de S. Francisco.
Para Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, este “é um processo que garante a este espaço patrimonial oportunidades de interacção, usufruto, animação e valorização cultural”.
“Quando iniciamos o mandato autárquico percebemos que não havia projecto definido para este espaço e que não dispúnhamos de meios próprios para proceder a uma essencial intervenção de fundo. Nesse sentido, percebemos a capacidade e a disponibilidade da UMinho para aqui desenvolver um projecto útil para a academia, para a sua Unidade de Arqueologia e para toda a comunidade, tornado o espaço friável e visitável”, afirmou, sublinhando que o município “está disponível para abdicar do que é seu quando existem instituições com créditos firmados que reúnem condições para melhor valorizar e qualificar o património, colocando-o ao serviço de todos”.
Obras arrancam em 2017
Por seu turno, António Cunha, reitor da UMinho, referiu que as obras devem começar num período de 12 meses, sendo que, após o seu início, estarão concluídas no espaço de um ano e meio.
“Trata-se de um investimento na ordem dos 3 milhões de euros que tem a vertente da intervenção no edifício e da musealização da parte que será visitável. A Unidade de Arqueologia terá, assim, instalações compatíveis com o seu prestígio e competência, o que será um salto qualificativo imenso, e, ao mesmo tempo, estamos a salvaguardar um importante património monumental de Braga”, sustentou.