A Câmara de Braga submete à reunião do executivo desta segunda-feira, os projectos de eliminação de barreiras urbanísticas e arquitectónicas em Montélios, na envolvente da Torre Europa, em S. Victor, na envolvente da ‘Makro’, em Lamaçães, e na Quinta da Fonte, em S. Vicente.
Estas obras, que representam um investimento superior a dois milhões de euros, têm como objectivos estratégicos a humanização do espaço público, a promoção dos modos sustentáveis, a melhoria da acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e a gestão do estacionamento e circulação viária.
Nas quatro zonas a intervir foram identificadas diversas barreiras urbanísticas e arquitectónicas, nomeadamente: ausência de passeios (associado a entradas de garagens); passeios degradados e irregulares; ausência de passadeiras em pontos fundamentais de atravessamento; ausência de rebaixamentos do passeio no acesso às passadeiras; degraus, escadas ou rampas que interrompem o percurso pedonal.
Segundo Miguel Bandeira, vereador da Regeneração Urbana e da Mobilidade, estes são projectos-piloto para as zonas definidas recentemente como Áreas de Reabilitação Urbana, onde se alia uma grande desqualificação do espaço público com uma elevada concentração populacional.
“Trata-se de uma aposta na garantia da mobilidade para todos, na recuperação da vivência do espaço público em segurança reforçada pela introdução de medidas de acalmia de tráfego”, sustenta o vereador.
Os projectos reflectem os conceitos de Mobilidade Sustentável defendidos no Plano de Acção para a Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS) de Braga 2020. A estratégia subjacente nesse documento tem como principal objectivo a “defesa de políticas urbanas de baixo teor de carbono e a redução das emissões de gases com efeito de estufa, em cumprimento com as obrigações internacionais, estipuladas no Acordo de Paris”.
REDE PEDONAL E CICLÁVEL NO CENTRO
O executivo municipal ainda aprecia o projecto da primeira fase de implementação da Rede Pedonal e Ciclável e Inserção Urbana de Transporte Público, desenvolvido no âmbito do PAMUS.
A intervenção que se pretende executar na Variante da Encosta será um primeiro passo para a criação de uma rede de acessibilidade ciclável no centro urbano de Braga, ligando grande parte dos equipamentos públicos, assim como as principais escolas secundárias, o campus da Universidade do Minho, os monumentos e as zonas comerciais do centro, permitindo que uma grande parte da população possa usufruir deste modo de transporte nas suas deslocações diárias, de trabalho ou lazer.
Segundo o vereador Miguel Bandeira, “esta é uma intervenção significativa num eixo ciclável já implementado, mas que apresenta problemas estruturais”. Este é o primeiro eixo ciclável que avança no sentido de criar condições para a alteração dos modos de circulação privilegiando os modos suaves.
“Além da continuidade da ciclovia até à Universidade, a intervenção irá aumentar a segurança e o conforto na circulação pedonal e na área dos transportes públicos”, acrescenta Miguel Bandeira.
O projecto, no valor de 2,1 milhões de euros, contempla a implantação da ciclovia à cota da via rodoviária, a colocação de passadeiras; a melhoria da acessibilidade pedonal; a intervenção nas zonas de transportes públicos; a redefinição das rotundas de modo a cumprir a legislação aplicável, a aumentar a segurança rodoviária e a diminuir a velocidade do automóvel aumentando a segurança do peão e do ciclista.