Fomentar o interesse dos investigadores pela história de Braga e honrar a memória de um ilustre escritor, arqueólogo, etnólogo, magistrado, diplomata e crítico de arte bracarense são os principais objectivos do Prémio de História Local Dr. Manuel Monteiro, uma iniciativa instituída pela autarquia.
Na sessão de apresentação do prémio, esta terça-feira, na sala que reúne o espólio do homenageado – instalada na Biblioteca Pública de Braga – Lídia Dias, realçou que um dos vectores estratégicos fundamentais da acção municipal no âmbito cultural é a promoção da identidade local.
“Esse objectivo, que parecia adormecido nas mais recentes décadas, só pode ser plenamente alcançado através da valorização do Património e da divulgação da nossa vasta e única História local”, salientou a vereadora da Cultura
É neste contexto que se insere o Prémio de História Local Dr. Manuel Monteiro, personalidade nascida e falecida em Braga e cuja obra representa “um património da mais elevada importância para a cultura nacional e motivo de grande orgulho para todos os bracarenses”.
Inserido num âmbito mais alargado de intervenção, onde se inclui ainda a revitalização da Revista Bracara Augusta, o prémio tem a periodicidade bienal, sendo a sua primeira edição em 2016. Trata-se de um prémio destinado a trabalhos originais de teor historiográfico relativos a Braga – a nível administrativo, antropológico, patrimonial, político, económico, cultural, artístico, religioso ou outros.
O valor do prémio é de 2.500 euros, ao qual acresce a publicação da obra vencedora. Segundo Lídia Dias, os trabalhos distinguidos com menção honrosa terão reservada a possibilidade de publicação na Revista Bracara Augusta, reforçando assim o seu corpo editorial.
“Esta vinculação à Revista Bracara Augusta é um dos motivos que nos levou a instituir este prémio. É preciso que mais investigadores se debrucem sobre as temáticas da nossa história e património, pelo que este prémio pretende ser um incentivo para que isso que torne uma realidade”, acrescentou a vereadora da Cultura.
Lembrando o papel das universidades da Cidade em termos de formação na área da história e do património, Lídia Dias desafiou as academias a criar unidades curriculares vinculadas à própria cidade.
Os trabalhos a concurso devem ser entregues pessoalmente no Arquivo da Câmara Municipal de Braga até 30 de Novembro. O júri, presidido pela vereadora da Cultura, é constituído por Maria do Carmo Franco Ribeiro (Universidade do Minho), Armando Malheiro (Universidade do Porto) e Miguel Bandeira (município de Braga).
O prémio destina-se a cidadãos de nacionalidade portuguesa, maiores de idade, residentes ou não na área do Município de Braga. O resultado é anunciado pelo Município até 18 de Janeiro de 2017, data de aniversário da morte de Manuel Monteiro.
O regulamento do concurso está disponível para consulta em https://goo.gl/oYkOoi