A Câmara de Braga realizou mais uma sessão do programa ‘Conhecer para melhor promover’, uma iniciativa dirigida aos profissionais e empresários de turismo do concelho com o objectivo de reforçar o conhecimento da cidade, do seu património e demais activos de interesse turístico.
Depois das visitas realizadas ao Museu Nogueira da Silva e ao Museu Pio XII, o programa desafiou os profissionais e empresários de Turismo a conhecer melhor o Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia que se instalou no renovado Palácio do Raio.
Esta iniciativa contou com a participação de cerca de três dezenas de interessados das mais variadas áreas de actuação, desde hotelaria, transportes, guias turísticos e restauração. A visita visou “aprofundar o conhecimento sobre espaços de interesse de Braga, mas também proporcionar networking entre os vários empresários e colaboradores, passando também por um estreitar do relacionamento com os responsáveis pelos espaços visitáveis no sentido de posteriormente articularem visitas e pacotes a oferecer a quem nos visita”, referiu António Barroso, do Gabinete de Apoio à Presidência da autarquia
.António Barroso enfatizou que esta é uma iniciativa que o município vai continuar a dinamizar, considerando-a “muito importante para o reforço da notoriedade e promoção das riquezas que Braga oferece, mas sobretudo para que os vários agentes ligados ao turismo se conheçam, estabeleçam e reforcem ligações entre si, originando maior promoção do concelho, poupança de recursos, incremento de turistas e de impacto económico em Braga e em toda a região envolvente”.
Também o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, Bernardo Reis, marcou presença na visita. Este responsável agradeceu “a presença e o interesse manifestado pelos operadores turísticos bracarenses em conhecerem este renovado espaço que tem tido um grande impacto a nível nacional que já se reflecte nas visitas que regista diariamente”.
No Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia de Braga é possível viajar pela história da multisecular Santa Casa, através de dez núcleos temáticos. Da arte sacra, à pintura, passando pela escultura e cerâmica, até à ourivesaria e documentação arquivística, o acervo da exposição permanente é apresentado de forma interactiva e dinâmica, com sonoplastia ambiente, vídeos e outros elementos que permitem também contemplar toda a beleza arquitectónica e artística do edifício.
Construído entre 1752-55 sob o desenho de André Soares, o palacete serviu de habitação à família de João Duarte de Faria, o primeiro proprietário, e foi adquirido, já em 1853, por Miguel José Raio, que acabou por lhe dar nome.
Nos finais do Século XIX, o edifício, hoje classificado como Imóvel de Interesse Público, passou para as mãos da Santa Casa da Misericórdia de Braga. E assim se manteve até 1974. Durante várias décadas acolheu serviços hospitalares e, em 2012, voltou à posse da Misericórdia que o reabilitou integralmente, num projecto co-financiado pelo ON.2 – O Novo Norte.