O presidente da Câmara de Viana do Castelo manifestou esta terça-feira total disponibilidade para encontrar uma solução definitiva para acabar com os contentores onde funciona actualmente parte do serviço de urgência do hospital de Santa Luzia.
O autarca socialista, que respondia às interpelações dos vereadores do PSD e da CDU, durante o período antes da ordem do dia da reunião ordinária do Executivo municipal, disse que apesar de não ter havido descentralização de competências na área da saúde, a autarquia “acompanhará sempre o que a administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) entender ser estratégico” para as necessidades da região.
“Até essa solução precária [contentores de apoio à urgência] já está de tal maneira desgastada que começa a ser em si, precária. Precária e que interessa resolver o mais rapidamente possível. Temos tido um conjunto de dificuldades, uma delas prende-se com a nomeação do novo conselho de administração da ULSAM. Que a nova equipa possa vir com energia e com vontade transformadora, inovadora e de avançar”, afirmou, citado pela Lusa, acrescentando que o município “não se pode substituir à administração”.
O mandato do actual conselho de administração da ULSAM terminou em 2019, mas foi prorrogado até 31 de Dezembro de 2021 devido à pandemia de covid-19.
Actualmente, o CA da ULSAM está reduzido a dois dos seis elementos, funcionando apenas com o presidente, Franklim Ramos, e uma vogal.
O vereador do PSD, Paulo Vale, lembrou que uma “ala do serviço de urgência” do hospital de Santa Luzia, funciona “há mais de uma década em contentores” e, apesar de reconhecer que não é uma competência da autarquia, apelou ao presidente da câmara que diligencie no sentido de encontrar uma fonte de financiamento no Plano de Recuperação e Resiliência para um projecto “definitivo que ponha fim a um provisório há mais de uma década”.
Também a vereadora da CDU, Cláudia Marinho, pediu ao autarca socialista para tentar “uma solução benéfica para todos”.
Luís Nobre lembrou que fez várias tentativas nesse sentido e disse esperar que “o impasse de governação” que o país enfrenta “não se prolongue por muito tempo, pelo menos, para a clarificação da nova organização do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Unidades Locais de Saúde (ULS) que poderá alterar o modelo de financiamento da ULSAM”.