No âmbito das comemorações do Bicentenário do Nascimento de Camilo Castelo Branco, a editora Opera Omnia apresentou, esta segunda-feira, em Braga, a reedição da obra ‘No Bom Jesus do Monte’. A reedição integra a colecção camiliana, composta por cerca de 12 títulos a publicar ao longo do ano.
Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, sublinhou que é responsabilidade das instituições locais criarem condições para que “quem ainda não conhece a obra de Camilo, possa tomar consciência da importância deste que é um dos maiores vultos da nossa literatura”.
“A programação do bicentenário é abrangente e diversificada, e é com bastante satisfação que vemos esta iniciativa realizar-se num dos espaços mais icónicos do nosso território, o Bom Jesus do Monte, património da humanidade”, afirmou.
O autarca adianta que a programação cultural, tem ainda previstas actividades que visam homenagear Camilo Castelo Branco, “inclusivamente através da incursão noutras formas de expressão artística”, enaltecendo ainda o “esforço colectivo” promovido pela CCDR-N neste “momento marcante para toda a região”.
Foi também apresentado o projecto de reabilitação do Jardim de Camilo, reforçando a valorização do património camiliano. Foi ainda assinada a adesão dos municípios de Baião, de Cabeceiras de Basto e da Maia, assim como da Universidade Católica, à Rede de Parceria, coordenada pela CCDR Norte, de comemorações do bicentenário de nascimento do romancista.
CAMILO E O BOM JESUS
No dia 16 de Maio passam precisamente 200 anos sobre a data de nascimento de Camilo Castelo Branco. Notável escritor, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor, é justamente considerado um dos escritores mais populares, proeminentes e prolíferos da literatura portuguesa.
O Bom Jesus do Monte é um local especial na vida e na obra de Camilo. O romancista visitou o Santuário, pela primeira vez, aos dez anos. Ao longo da vida, peregrinou vezes sem conta ao Bom Jesus, não apenas na busca de uma aproximação ao sagrado, mas também do convívio social e do contacto com a natureza. Sobre as deslocações e permanência no local deixou Camilo vastas referências na sua obra.