Os dois jovens de etnia cigana foram detidos esta segunda-feira, no Pingo Doce de Vila Verde, na sequência de uma chamada realizada para a GNR por duas jovens, que se queixaram de terem sido vítimas de assédio sexual por parte desses mesmos jovens encontram-se a ser ouvidos no Tribunal Judicial de Vila Verde.
Manuel Monteiro, um dos representantes da comunidade cigana, afirma – em declarações ao jornal O Vilaverdense, esta terça-feira – que “isto são actos racistas. Mentira, abuso de autoridade e racismo”.
Na sua versão da história, Manuel Monteiro esclareceu o sucedido. “Ontem [segunda-feira], o meu irmão, dois sobrinhos e a minha cunhada foram ao Pingo Doce comprar algumas coisas, como é habitual, no entanto, aparece a patrulha da GNR, que começou a pedir documentações e a passar para a agressão contra o meu sobrinho, pois ele não tinha identificação com ele. Queriam algemá-lo logo”.
O representante explicou que mesmo o irmão sendo invisual, foi “vítima de um pontapé, de uma joelhada e empurrões”.
“Os meus sobrinhos avisaram que o pai era invisual, mas mesmo assim não pararam. O meu sobrinho como viu tanta coisa partiu para cima da GNR para defender o pai. Depois um deles puxa da arma, dá um tiro de borracha ao longe ao meu sobrinho”, acrescentou Manuel Monteiro.
Segundo a versão oficial da GNR de Braga, ambos os suspeitos resistiram e recusaram-se identificar perante os militares da GNR de Vila Verde, tendo-se iniciado alguns confrontos, que resultaram em ferimentos nos dois guardas da GNR e nos dois detidos.
CMS/PNS