O empresário de Braga que está acusado, desde 2015, pelo Ministério Público de violar uma filha maior de idade, e que, recentemente, foi, também, acusado de abusar da neta, nega ambos os crimes.
No caso mais recente, o da neta que acolhera em casa por ordem judicial, solicitou a abertura da instrução, argumentando que a criança – interrogada por uma magistrada para memória-futura, alterou o seu depoimento, perante as psicólogas e assistentes sociais que com ela operam na instituição religiosa João Paulo II onde foi colocada também por ordem judicial.
O advogado Paulo Monteiro argumenta, que “há factos novos”, ou seja, de que a menina, hoje com 12 anos, terá confessado que mentiu quando descreveu os alegados abusos do avô, – nascido em Braga, mas residente em Vila Verde, o empresário António Barros. E diz que a recolha do depoimento da menina viola a Constituição.
Apresenta, por isso, várias testemunhas que terão presenciado a menina a dizer que era tudo mentira o que antes contara.
Na fase de inquérito e sob interrogatório de uma magistrada, a criança afirmou que o avó se encostava a ela, lhe meteu a mão nas cuecas e lhe tocou na vagina, ou, ainda, que lhe terá encostado o pénis.
Numa certa fase da conversa mistura os alegados factos com um pesadelo que tivera.
O Ministério Público acusou-o de abuso sexual de menor na forma agravada, censurando o seu comportamento.
O arguido nega e sugere que a criança foi aliciada pela mãe a fazer tais afirmações. O que esta nega.
Luís Moreira (CP 8078)