Os dois irmãos mais novos do clã Bourbon, ambos presos preventivamente por alegado envolvimento no caso do rapto mortal de Braga emitiram esta sexta-feira à tarde um comunicado “lamentando” que o mais velho, Pedro Bourbon, tenha envolvido Manuel e Adolfo Bourbon como tendo participado naquele crime.
Os dois arguidos que hoje subscreveram o comunicado, o advogado Manuel Bourbon e o economista Adolfo Bourbon, afirmam “não corresponder à verdade” as afirmações do irmão mais velho, segundo as quais “reconhece” que os seus irmãos mais novos “participaram no crime”, que há quase um ano vitimou o empresário João Paulo Fernandes, de 41 anos, sequestrado na presença da filha de oito anos, à porta da sua garagem, em Lamaçães, Braga.
Ainda segundo o mesmo comunicado, “apesar deste comunicado reprovável, os irmãos Adolfo Bourbon e Manuel Bourbon não querem prejudicar o seu irmão [mais velho do clã] Pedro Bourbon, pretendendo apenas ver a verdade reposta relativamente às imputações que lhes foram dirigidas”.
“É certo que para a maioria de nós alguém que acusa os irmãos mais novos de crimes desta natureza fá-lo com verdade, o que assim deveria ser, de facto, mas lamentavelmente isso sempre acontece, como é o caso, com a agravante de ter sido pelo irmão mais velho”, prossegue ainda a missiva.
A finalizar, os irmãos mais novos destacam que “viveram sempre soba égide do irmão mais velho, que substituiu a figura paternal, desde 2005, altura do falecimento do pai”.
O comunicado é subscrito por dois advogados bracarenses, Mara Ferreira e Hugo Xavier, que defendem, respectivamente, os irmãos, Adolfo Bourbon e Manuel Bourbon.