Uma funcionária da PJ é a suspeita de passar informações internas da Polícia Judiciária ao ‘Bruxo da Areosa’, um dos suspeitos do rapto e assassínio do empresário bracarense da construção civil, João Paulo de Araújo Fernandes.
Trata-se de uma funcionária administrativa do Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Leiria o único alvo das suspeitas que levaram a abrir uma certidão, visando apurar quem dentro da PJ daria informações ao grupo de suspeitos, através de Emanuel Marques Paulino, aliás, ‘Bruxo da Areosa’.
A especialista auxiliar, identificada pela PJ, terá entregue um envelope com dados confidenciais da Polícia Judiciária, relativos ao ‘Bruxo da Areosa’ e encontrados no consultório, em Coimbra, deste curandeiro, natural de Braga.
O envelope, de tamanho A5, com o timbre da própria Polícia Judiciária, está a suportar agora as investigações criminais e um processo interno a decorrer há meses a cargo da Unidade Disciplinar e de Inspecção da Polícia Judiciária.
A Secção Regional de Combate ao Terrorismo e ao Banditismo, encontrou a 17 de Maio do ano passado, aquando das buscas e detenções, folhas daquele consultório onde estavam manuscritos os nomes de dois dirigentes da PJ, de dois investigadores da PJ e de dois jornalistas de Braga que acompanham o processo do rapto do empresário em Braga que foi estrangulado em Valongo.
Os seis nomes referenciados, com alguns apontamentos anexos, levaram até a recear eventuais represálias contra os investigadores da PJ e os jornalistas, caso não tivessem sido detidos pela Polícia Judiciária todos os sete suspeitos.
Nas escutas telefónicas da PJ, às quais O Vilaverdense/ PressMinho tiveram acesso, o ‘Bruxo da Areosa’ afirma que “não mato ninguém”, mas que as suas “rezas” serão o suficiente para tirar a vida às pessoas que, de algum modo, o “perturbem”.
Joaquim Gomes (CP 2015)