O presidente da Concelhia de Braga do CDS considera que a transferência dos museus D. Diogo de Sousa e dos Biscainhos, no âmbito da reorganização das competências das direcções regionais de Cultura, para a alçada da Câmara Municipal, “é, mais uma vez, prova do centralismo crónico promovido pelo Governo Socialista”.
Em nota ao PressMinho, Altino Bessa frisa que esta “medida imposta” “só vem cimentar a postura de desinteresse deste Governo pelos concelhos mais a Norte do país”.
“’Desclassificar’ dois museus que figuram no meio cultural nacional como pontos de referência na esfera do barroco e do romano já é demasiado mau”, afirma. “Mas o cenário fica ainda pior do que parece quando os autarcas são apanhados de surpresa com uma ‘transferência’ feita ‘às escondidas’”, atira o também vereador, que na última reunião de Executivo votou, juntamente com a restante vereação, uma moção contra a medida de Adão Pedro e Silva, ministro da Cultura.
Salientado que a decisão “desvaloriza o acervo existente nestes equipamentos culturais e ‘desclassifica’ o valor cultural que os referidos museus têm para o país”, Bessa diz que a ideia que transparece “é a de que os museus D. Diogo de Sousa e Biscainhos não são dignos de integrar a empresa pública Museus e Monumentos de Portugal”.
O líder do CDS bracarense conclui exigindo a reversão da resolução do Governo e que “haja uma avaliação sensata e conhecedora da realidade do país antes de se tomarem decisões que em nada contribuem para a coesão territorial e valorização dos espaços culturais que, apesar de estarem sediados em Braga, são de todos os portugueses”.
Fernando Gualtieri (CP 7889)