O presidente da Concelhia do CDS de Braga considera “irreflectida” a decisão da Área Metropolitana do Porto (AMP) de pôr fim da ligação de autocarro Braga-Porto pela A3, uma carreira operada pela Transdev até ao passado dia 1.
Pedindo reversão daquela decisão, juntando-se, assim, à Comunidade Intermunicipal do Cavado e à CDU, Altino Bessa diz que o fim da carreira, “reflecte uma tremenda falta de noção sob o que são as reais necessidades da população”.
“Esta é, mais uma vez, a prova de que se tomam decisões sem saber o que se está a fazer e, mais preocupante, sem pensar nas consequências que estas ‘ideias’ podem trazer para as pessoas”, afirma o líder dos centristas bracarense, acrescentando que a ligação entre as duas cidades é serviço “assaz necessário para uma grande franja da população, permitindo o acesso a instituições de ensino superior, ao Hospital de S. João e ao Instituto Português de Oncologia”.
Frisando a “leviandade com que se determinam cortes sem sequer ouvir os agentes mais próximos da população”, nomeadamente a Câmara Municipal de Braga, Altino Bessa apela à reavaliação da medida que considera “inadmissível e inconsequente”.
Bessa aponta os dados fornecidos pelo operador que apontam para “uma média de 150 passes e 1.400 bilhetes de bordo por mês”.
“Os números falam por si. É inconsequente determinar o fim de uma linha tão utilizada e que se verifica, em muitos casos, o formato de mobilidade mais acessível. Todos temos consciência, ou devemos ter, de que os transportes estão cada vez mais caros e esta linha constituía um dos formatos mais económicos para chegar àquela zona do Porto [Hospital de S. João]”, diz.
O também vereador do Ambiente na Câmara de Braga acrescenta: “Todos trabalhamos por cidades mais sustentáveis, mas com medidas desta categoria ‘remamos contra a maré’. Esta decisão só vai fazer com que a população recorra mais ao transporte individual, o que também influenciará muito o factor trânsito.”
Fernando Gualtieri (CP 7889)