Um grupo de investigadores pretende iniciar um ensaio clínico para comprovar a segurança e eficácia da utilização de células T reguladoras (células específicas do sistema imunitário), expandidas a partir de sangue do cordão umbilical, como potencial tratamento preventivo e, eventualmente, curativo da Diabetes Tipo 1.
A intenção surge após resultados favoráveis obtidos num estudo piloto em 15 crianças diagnosticadas com Diabetes Tipo 1, infundidas com o próprio sangue do seu cordão umbilical, um procedimento totalmente seguro e que demonstrou um efeito favorável na progressão da doença, apesar de as crianças terem continuado dependentes da administração de insulina.
Os investigadores pretendem, agora, avaliar a segurança e eficácia da administração de células T reguladoras, extraídas a partir de sangue do cordão umbilical previamente criopreservado, enquanto terapia celular capaz de equilibrar o sistema imunitário e suprimir a destruição das células produtoras de insulina.
“Na continuidade do ensaio piloto, um estudo mais recente indica que é possível gerar e expandir em quantidade suficiente de células T reguladoras, sem que percam as suas características originais. A administração destas células, provenientes do sangue do cordão umbilical, numa fase precoce da doença, poderá impedir a progressão da Diabetes Tipo 1 e tornar os pacientes livres da administração de insulina”, explica Bruna Moreira, Investigadora na área das células estaminais.
“Os resultados positivos da investigação revelam o potencial das células T reguladoras, que têm a capacidade de regular a resposta autoimune característica da Diabetes Tipo 1, podendo significar uma verdadeira revolução terapêutica”, acrescenta.
A Diabetes Tipo 1 é uma doença autoimune, causada pela destruição de células do pâncreas, produtoras de insulina.
Fonte: Lifestyle