O Movimento de Cidadania Contra a Indiferença regozija-se pelo “elevado sentido de responsabilidade cívica que permitiu reduzir substancialmente a abstenção” verificado nas Eleições Legislativos deste domingo.
“Os dados preliminares – falta o escrutínio dos eleitores da Europa e fora da Europa- apontam para uma descida de cerca de 8 pontos, o que não deixa de merecer uma nota positiva. Se se confirmarem os resultados, falta acrescentar os cerca de um milhão de eleitores, residentes no estrangeiro, não votantes no território nacional, o que permite, numa leitura mais real, do que a mera estatística da Comissão Nacional de eleições, concluir que o valor alcançado de 33 por cento, será substancialmente inferior, podendo-se concluir que este valor pode atingir os 26 por cento”, escreve Paulo Sousa, em nota ao PressMinho.
O coordenador do Movimento considera o valor da abstenção “extraordinário”, alcançado de “forma transversal” em todo o país, “o que releva a acção de todas e de todos aqueles que acreditam, como nós, no exercício da cidadania política activa e na responsabilidade sábia dos eleitores que, independentemente da idade e da condição social, disseram sim às urnas, mesmo que em condições adversas”.
“Os resultados alcançados nesta eleição não são nem podem ser lidos como um sinal positivo para o que poderá ser o comportamento dos portugueses nas próximas eleições europeias, a 9 de Junho”, alerta Sousa.
E acrescenta: “Importa, pois, dar continuidade ao trabalho que iniciamos em 2021, com as eleições autárquicas, sendo que as próximas eleições vão decorrer em condições adversas à participação, com feriados e pontes que podem desviar os cidadãos das urnas.”
Frisando que o “futuro da Europa vai depender em muito do que formos capazes de fazer a partir de agora”, Paulo Sousa assegura que o ‘Cidadania Contra a Indiferença’ “dará o seu contributo para que se abra um debate permanente sobre o que queremos da Europa e os desafios que se colocam aos 27 estados que a compõem.
Fernando Gualtieri (CP 7889)