A Associação Cidadãos de Esposende está preocupada com o estado de conservação da Ponte D. Luís, que apresenta, de acordo com uma inspecção subaquática realizada em Dezembro de 2019, “anomalias nos aparelhos de apoio e na protecção da estrutura metálica”.
Em comunicado ao PressMinho, aquela associação adianta que solicitou a Benjamim Pereira, presidente da Câmara Municipal, “imediata intervenção junto das entidades nacionais de forma a obter dados específicos sobres as anomalias detectadas”, tendo remetido os dados que recebeu da Infraestruturas de Portugal (IP) sobre a manutenção da Ponte à autarquia.
Afirmando que desde Agosto de 2018 que acompanha o estado da obra de arte -que em 2020 comemora 130 anos-, a Cidadãos de Esposende refere que tem enviado “sucessivos requerimentos” dirigidos à IP “de forma a poder entender que inspecções foram realizadas” na ponte D. Luís, conhecida por Ponte de Fão.
Acrescenta que a empresa pública comunicou que uma inspecção subaquática realizada em Outubro de 2018, atribuiu à ponte que atravessa as duas margens do rio Cávado, um estado de “conservação mediano”.
No entanto, a inspecção principal, realizada a 3 de Dezembro de 2019 revelou, afirma a Cidadãos de Esposende, “anomalias nos aparelhos de apoio e na protecção da estrutura metálica”, tendo a IP assegurado uma intervenção “a curto prazo” de forma a resolver os problemas detectados.
“SEM ALARMISMO”
No seguimento desta garantia, a associação pede, assim, a Benjamim Pereira uma “imediata intervenção” junto das entidades responsáveis de forma a obter “dados específicos” sobres as anomalias e informação sobre quando será realizada a tal intervenção, já que a referência “curto prazo” é “amplamente insuficiente”.
Referindo que desde 2018 que “vem solicitando informação sobre várias estruturas” localizadas no concelho, “optando por periodicamente questionar o estado e as revisões de forma a entender que existe um acompanhamento correcto por parte das entidades responsáveis”, a Cidadãos de Esposende diz “não pretender criar qualquer alarmismo sobre a circulação na ponte, mas sim optar por uma posição de prevenção”.
Segundo os responsáveis associativos, o envio da informação “deveria ser encarado pelo presidente da Câmara como cooperação de uma organização local na prevenção, para que não se repita o que aconteceu no passado mês de Março, quando a associação foi ““acusada” de alarmista” por solicitar um plano de contingência para a pandemia de covid-19 no concelho,
“A contribuição dos cidadãos é democrática e protegida pela Constituição da República Portuguesa e deve ser encarada de forma positiva por quem exerce cargos públicos”, rematam, lembrando que a ponte, inaugurada a 7 de Agosto de 1892, “é ainda hoje uma ligação fundamental, sendo “milhares os veículos que por ela circulam diariamente” e por “centenas de pessoas” que a usam para atravessar o Cávado.
Fernando Gualtieri (CP 1200)