O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, no final da reunião com os autarcas dos cinco municípios mais afectados por surtos da covid-19, nesta segunda-feira, avançou que o Governo vai levar a Conselho de Ministros a indicação de que os cinco municípios (Lisboa, Sintra, Amadora, Loures e Odivelas) vão continuar em estado de contingência.
O Conselho de Ministros está agendado para a próxima quinta-feira.
“Procedemos a uma análise detalhada da Área Metropolitana de Lisboa e em particular nos cinco municípios e nas 19 freguesias em estado de calamidade, e constatámos um esforço de louvar, no qual destacamos o papel das equipas multidisciplinares que têm permitido intervir nos poucos casos que são detectados, e contribuindo para garantir o respeito pelas medidas profiláticas”, detalhou o ministro.
Na análise feita, para o Governo, “não há hoje razão para distinguir estes municípios e 19 freguesias do resto da região”, embora seja de destacar que houve nestes casos uma “evolução claramente positiva: há um mês tínhamos entre 350 e 400 caso positivos semanais na região de Lisboa e Vale do Tejo, reduzimos em duas semanas para 202 casos e na ultima semana tivemos 170 casos em toda a região”.
O ministro salientou ainda que nestes municípios se verificou uma redução significativa de novos casos e do indicador ‘R’, facto de contágio, que está abaixo de 1 em todos, situando-se entre os 0,7 e 0,8 nos cinco municípios.
Segundo Eduardo Cabrita, “não podemos baixar a guarda relativamente a esta intervenção articulada e organizada entre todos, porque queremos garantir um Agosto com saúde e segurança, para pudermos projectar um regresso à actividade normal, sobretudo um regresso às escolas no próximo ano lectivo”.
“Os cinco municípios não se afastam significativamente dos restantes municípios da Área Metropolitana de Lisboa, razão pela qual devem passar a estado de contingência, como a restante área. Podemos mesmo replicar estes modelos de intervenção, como é o caso do trabalho desenvolvido pelas equipas multidisciplinares, noutros pontos, se for necessário”.