Já arrancaram as intervenções arqueológicas do Circuito Megalítico do Planalto de Vila Chã, inseridas num projecto mais vasto designado por Circuito Megalítico de Esposende, anunciou esta terça-feira a autarquia.
Com um investimento de cerca de 30 mil euros, estas acções são financiadas através da candidatura PROVERE MINHO Inovação.
Entre as primeiras manifestações do Homem em Esposende, salienta o município, “podemos encontrar os monumentos megalíticos, construções funerárias em pedra (dólmen) e terra (mamoa), enquadráveis genericamente no III milénio a. C”.
Pela quantidade deste tipo de monumentos existentes no concelho, a maioria concentrada no planalto de Vila Chã, constata-se a importância que estas manifestações tiveram no actual território de Esposende.
Assim, “entende a autarquia que estes sítios arqueológicos constituem um recurso patrimonial ao serviço da sociedade e pretende valorizar, promover e dinamizar, despertando uma consciência colectiva para a preservação e o conhecimento de um passado comum”.
Este projecto, concebido em 2007 por técnicos da Divisão de Cultura e objecto de candidatura em 2018, reúne agora condições para a sua implementação no terreno. São desenvolvidas escavações arqueológicas, levantamentos fotogramétricos e M.R.M. (Morphological Residual Model), método que permite identificar arte rupestre em superfícies erodidas nos três monumentos megalíticos contemplados. No final do processo estes ficam dotados de sinalética de orientação e painéis informativos.
De referir que, entre 2019 e Março de 2020, mais de 350 visitantes usufruíram de visitas orientadas pelo Serviço de Património Cultural. Este serviço municipal está sediado no Centro Interpretativo de S. Lourenço, onde o visitante pode apreciar alguns dos objectos arqueológicos recuperados dos dólmens do Rápido e da Cruzinha na exposição ‘Mar de Histórias’ e obter mais informações na exposição ‘IDENTIDADE(S): O Homem e o Território’.
Luís Moreira (CP 8078)