Um cliente da GoldEnergy, de Braga, ficou sem luz durante 72 horas, por causa de um problema a que é alheio, registado pelo fornecedor de electricidade em Janeiro de 2015. Vinte e um meses depois e sem aviso prévio, a GoldEnergy pediu à EDP distribuição que lhe cortasse a luz da residência, o que sucedeu pelas 09 horas de sexta-feira. Pagou, mas ficou três dias sem luz.
O cliente, Filipe Branco, (devidamente identificado) dirigiu-se, de imediato, para a loja da Gold, onde lhe foi dito que o sistema informático tinha registado que a luz estava cortada desde Janeiro de 2015, o que não correspondia à verdade. Teriam sido os membros da equipa da firma Painhas, de Viana do Castelo, a quem a EDP paga os ‘cortes’, que deu a indicação de “cortado” naquela longínqua data.
De acordo com o seu relato, a funcionária deu-lhe essa explicação, dizendo que o corte de luz não se devia a facturas em atraso. Apesar disso, pagou, pelas 10 horas da manhã, uma nova factura – que se vencera apenas um dia antes – e mais os 22 euros de ‘taxa’ de reposição da electricidade.
O cliente dispôs-se a pagar mais 25 euros de “taxa de urgência”, para garantir que não ficaria sem luz no fim-de-semana, mas foi-lhe dito que tal não seria preciso porque, “pelo meio-dia”, o serviço estaria reposto. Tese confirmada pelas 11h30 quando telefonou para a loja a perguntar pelo andamento da reposição: ”vai ver que estão aí ainda a tempo de poder fazer o almoço”.
Como tal não aconteceu, o utente fez, à tarde, diversas tentativas de contactar a loja, mas sem sucesso, dado que a única funcionária tinha consulta médica e não havia ninguém para a substituir.
Ligou, então, para o número pago da Gol’, onde, por uma outra funcionária, lhe foi dito que, mesmo que pagasse a tal ‘taxa de urgência’ já não lhe seria reposta a luz.
Bem argumentou que tinha filhos em casa e trabalhava a partir dela. Nada feito.
O mesmo cliente explicou-nos que no começo do mês se tinha dirigido à loja e tinha pago uma fatura de 84 euros, tendo ficado uma outra de igual valor por liquidar.
“Garantiram-me que podia fazê-lo até ao dia 20, porque não estavam ainda para ‘corte’”, afirma. Por outro lado, e desde Janeiro de 2015, deslocou-se diversas vezes ao local, nunca lhe tendo sido dito que havia o tal problema.
A ‘vítima’, que passou o fim-de-semana à luz da vela e teve de gastar dinheiro a comer fora e ficou sem os congelados, restou-lhe pedir o livro de reclamações. E vai mudar de fornecedor, dado que a GoldEnergy – assegura – “tem um longo historial de queixas de clientes, por incompetência e abuso”. As quais, e segundo testemunhas da zona, “é frequente suceder na loja de Braga”.
A Gold não tem serviço de imprensa ou de relações públicas, pelo que não foi possível conhecer a sua justificação para o caso.
FG (CP 1200)