Activistas do Climáximo entraram no Castelo de São Jorge, em Lisboa, esta sexta-feira, e pintaram uma fachada do edifício de vermelho. Ao mesmo tempo, lançaram uma faixa onde se lia ‘23 Nov, Parar Enquanto Podemos’, convocando ‘uma acção de massas’ para essa data.
Num comunicado às redacções, os activistas realçam que “a crise climática é um acto deliberado de guerra por parte de governos e empresas contra as pessoas e o planeta, e que a sociedade tem de parar de normalizar estes ataques contra a vida e resistir contra os culpados”.
“O Verão de 2024 foi o mais quente desde que há registo e na semana passada isso ficou visível de forma dramática com os incêndios que devastaram o Norte do país, matando nove pessoas e destruindo dezenas de casas. Esta tragédia, assim como os períodos de seca extrema, tempestades e ondas de calor, que causarão cada vez mais mortes e migrações forçadas, tem culpados: os governos e empresas incendiários que sabem há décadas que estão a levar-nos para o colapso”, escreveu Sara Gaspar, apoiante do Climáximo e porta-voz da acção.
A escolha da acção recaiu no Castelo de São Jorge porque os activistas consideram que “os castelos são algo que todas as pessoas querem preservar”.
“Mas de que servem monumentos históricos, se permitirmos que a humanidade passe à história? Amanhã o Castelo de São Jorge estará restaurado mas as pessoas mortas e casas destruídas não irão regressar. Enquanto não pararmos de consentir e começarmos a mobilizar-nos para desafiar os planos assassinos de governos e empresas, eles vão continuar a matar e causar devastação por todo o lado. Não há cultura numa sociedade e num planeta morto, e nós recusamo-nos a aceitar esse caminho. A cada dia tens de escolher: vais consentir com a destruição da vida ou vais entrar em resistência para pararmos esta guerra antes que seja tarde demais?”, explicou Sara Gaspar.
Recorde-se que, no dia 20 de Setembro, os activistas da Climáximo atacaram as instalações da Navigator e acabaram detidos.