Clóvis Abreu foi condenado esta terça-feira, em Lisboa a 14 anos de prisão pela morte do agente da PSP Fábio Guerra em Março de 2021 à porta de uma discoteca. Defesa recorre.
O homem, que também vai ter de pagar uma indemnização de 184 mil euros à família da vítima, foi condenado por três crimes: homicídio qualificado, homicídio na forma tentada e ofensas a integridade física.
Foi condenado ainda a pagar 24 mil euros ao Hospital de São José, onde o agente da PSP esteve internado três dias até falecer.
O Tribunal de Lisboa considerou que o arguido agiu de forma concertada com os então fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrinko, já condenados a 20 e a 17 anos de prisão.
O tribunal considerou que Clóvis e os dois fuzileiros agiram em grupo, partindo nessa noite para agressões violentas, de três para um, a quem ia aparecendo, saltando de vítima para vítima até serem interrompidos por terceiros.
“O arguido não se limita a acompanhar os companheiros de luta, nada fez para se demarcar da contenda nem apaziguá-la. O grupo dividiu tarefas de acordo com a vontade colectiva de agredir quem quer que fosse”, avançou a juíza.
Aníbal Pinto, o advogado de Clóvis Abreu, anunciou em tribunal que iria recorrer da sentença, tendo em conta o defendido pelo arguido, que agiu em legítima defesa.
Fábio Guerra morreu em Março de 2021, por causa de graves lesões cerebrais provocadas por agressões que sofreu no exterior de uma discoteca, na Avenida 24 de Julho, em Lisboa.
Com JN